DEUS E O COMPASSO. Nesta pintura de William Blake, Deus utiliza um compasso para tornar real o desenho criativo.

domingo, 15 de maio de 2011

A TORÁ, QUANDO DE TUDO ELA JÁ TRATAVA !

Arieh Kaplan, mestre de reveladoras pesquisas históricas e científicas, indo além de suas revelações, traz-nos sempre outras, cada vez mais preciosas sobre os assuntos da Torá, explicando-nos o aparecimento do universo.

Uma delas é a citação do MAARÉCHET ELOCUT que trata dos eventos que se deram durante aquele espaço de tempo, em que o planeta era “vão e vazio”, Tôhu va-vôhu, conhecido de nossos alunos de Kabbalah. (ver “Elementos de Kabbalah” e “Numerologia Cabalística”, de nossa autoria).

O Tôhu va-vôhu, tempos “vãos e vazios”, mencionado na Torá teria durado 15 bilhões de anos, antes dos 15 bilhões anotados pela ciência contemporânea.
Outras abordagens assinaladas, quer no TALMUD quer no MIDRASH envolvem um dos mistérios (é preciso lembrar que alguns tolos confundem mistérios com segredos; que são coisas distintas entre si) da TORÁ quanto à Criação.

O Talmud explica que o Eterno criou o homem e a mulher, simultaneamente, em pensamento. Mas, deveras, só depois é que criou Adão, e dele Eva, no processo natural. Os dois relatos do Gênese se referem, pois, a esses dois atos distintos da Criação.

ARI (Isaac Luria) mais uma vez defende a tese que, portanto, houve duas criações: uma em pensamento e uma outra, de fato. Assim, os 07 (sete) dias da Criação descritos na TORÁ ocorreram há mais de 15 (quinze) bilhões de anos, antes até mesmo do BIG-BANG, quando tudo era “vão e vazio”, Tôhu va-vôhu.
Isaac Luria


O Eterno criou Adão como o primeiro de um novo tipo de ser.  E se humanos pré-existiram a Adão, foi ele, contudo, o primeiro a adquirir certa espiritualidade a permitir-lhe pudesse comunicar-se com D’us.

Ora, mas quem se comunica com o Supremo é sempre a alma (Neshamah)! Na leitura das Escrituras é preciso refletir e raciocinar, pensar e apreender, antes de decorar e repetir como papagaios relatos transcendentes que a nossa mediocridade lê como se fosse cartilha.

A Kabbalah ensina-nos a ler com a Consciência e não com a mente ordinária.

Paz Plena,

Ozâmpin.

Nenhum comentário:

Postar um comentário