DEUS E O COMPASSO. Nesta pintura de William Blake, Deus utiliza um compasso para tornar real o desenho criativo.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Sobre os personagens bíblicos: um livro fascinante


Boa parte das pessoas que lêem as Sagradas Escrituras diz, entre entediadas ou decepcionadas, que nada aproveitaram e nem entenderam coisa alguma. Deve-se lhes dar o desconto, já que preferem assumir a sua ignorância a declarar seus preconceitos. Ignorância tem jeito. Mas, contra o preconceito não há cura que se conheça, sobretudo quando constitui a mola mestra desse inconsciente, irracional além de inusitado rancor. Mas, a cada um o que mais lhe apraz e a todos o que melhor lhes apetece. Assim seja! E paz a todos de boa vontade. Boa vontade (frisamos de novo)! Para quebrar a rigidez da narração das escrituras, não há como reler comentários e apreciações literárias a respeito delas. Outrossim, a boa ficção sobre seus vultos e a ocorrência de eventos chamativos pode constituir um processo elementar de aprendizagem bem salutar e próprio para remanejar alguns preconceitos... Assim ao glosar uma excelente obra aparecida no mercado livreiro sobre notória matriarca, Sarai, estamos cumprindo dever de esclarecer e de divulgar ensinamentos, através de meios menos catequéticos e didáticos, e, com vistas às qualidades meramente literárias daqueles que tratam de temas tidos como canônicos, e que nem sempre são convidativos, com prazer e alegria e, sem dúvida, com a habilidade e a maestria de virtudes e talentos literários apreciáveis quando não encantadores.
Dessarte, a vida romanceada (Sara. HALTER, Marek. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004. Coleção: “As heroínas da Bíblia”) da grande mãe, Sara da coleção: “As heroínas da Bíblia”, autoria de Marek Halter, escritor nascido em Varsóvia, na Polônia, em 1936 e se fixou em Paris mais tarde, indo trabalhar num Kibutz em Israel, encaixa-se perfeitamente em uma ficção sobre personagens históricos, fácil de ler e profundamente emocionante que tanto dignifica o autor quanto à sua personagem. Com tal desenvoltura trata Marek Halter desse vulto bíblico, que se lhe pode imputar certa identificação não só sentimental, mas, sobretudo mística com ela. Há trechos de impressionante ligação entre o autor e os sentimentos descritos, a ponto de se dizer, que só mesmo o fruto de uma cultura tão identificada com a Bíblia seria capaz de tanta compreensão e participação. Um livro vale tanto pela limpidez de seu texto, quanto pela felicidade na abordagem do tema. Sem pieguismo, e sem excesso de reverência, soube o autor encarnar o drama de uma mulher sofrida, e o fez sem beatices e outras fraquezas, quando o seu texto ganha, então, dignidade e reverência, firmeza e propósito de quem não só lê ou escreve sobre uma das mais dignas heroínas daqueles dias imemoriais, mas de quem é bafejado pela fé a qual ela mesma evidenciou no seu drama. Dizem os kabalistas que, quando Deus quer abandonar uma criatura, toma-lhe o sentimento de fé. É deveras um fato! Pois sem fé, a vida é um deserto em céu aberto.
A heroína em apreço é a própria fé, translúcida, inefável, absolutamente, límpida e majestática. Mas, sofrida e vívida, pois toda fé é fogo ardente que queima, e destrói, consome e prepara o ser para a Eternidade. No entanto, notável é como o autor sem a pretensão de definir o que lhe parece ser a fé, consegue auscultá-la, senti-la e descrevê-la de modo tão perfeito e peremptório. Só mesmo quem possa ter sido criado em pleno convívio de fé, filho que é de família de judeus a todo o momento testado em suas mais entranhadas convicções e de permanente convivência com as escrituras, só mesmo através deste aprendizado seria capaz de recriar em ficção um personagem de tanta firmeza e beleza, capaz de nos levar a transes emocionais tão intensos.
Não deixem de ler, pois não é toda hora que se consegue experenciar com tamanha realidade os sofrimentos que formaram a espiritualidade dessas criaturas bafejadas pelo amor do Criador, “Kadosh Baruck Hu” (Louvado seja!).
IHVH, o deus de Abraão, senhor das almas, as quais ELE jamais abandona, mas que com elas convive, em as ensinado e com elas também aprendendo, pois, como demonstra a KBL, ELE precisa delas, tanto quanto elas DELE! Essa interatividade e ressonância se dão por amor. O amor exige cumplicidade. Sem o quê não há fé nem afeto. A grandeza do misticismo hebraico, ao contrário de outros mitos, é que não traz a divindade ao nível do homem, mas, este ao nível da divindade. Há de o ser humano fazer a semelhança com a imagem da qual foi feito, e só assim realizará a obra para a qual foi destinado. Assim seja!

Paz Plena.

Ozampin – dez. 2012.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

DE NOVO UM VELHO TEMA: A CATASTROFEMANIA DOS PEQUENOS PROFETAS


“Somos o que pensamos”. (Buda)

Ideologias, teorias e/ou várias concepções de vida e mesmo modismos intelectuais tanto como escolas de pensamento, não são, senão meros esforços de privilegiadas inteligências em sistematizarem e explicarem modos do pensamento vigente em cada época.
O esoterismo com “s” é sob este aspecto apenas uma abordagem sobre os fundamentos daquilo que é mais oculto, portanto, menos transparente, embora altamente relevante. No entanto, é bom distinguir o que vem a ser concepção esotérica de profecias de alguns esoteristas que se acreditam profetas. Ora, o esoterismo é coisa séria, mais, nem todos que se dizem esoteristas (ou erradamente esotéricos) o são. Alguns querem só aparecer. A receita para eles são as melancias que nas safras cobrem-lhes as cabeças. Cassandras dos desastres apocalípticos revelam através de suas amargas e horrendas hipóteses sobre catástrofes cósmicas o desejo malsão de inconscientes punições, já que se julgam merecedores de castigos que lhes poupou a misericórdia divina.
Cassandras, as melancias estão ai, poupemos os pobres do gênero humano de suas aleivosias. A vida é dádiva de Deus. Cabe-LHE doá-la ou não. Desastres acontecerão ou não sob SUA égide, apraza ou não aos medos e culpas de irrelevantes teorias. Embora astronomicamente saiba-se de que se processa um realinhamento de astros na Via Láctea, e como se acredita que os seres celestiais influenciam em nossos pensamentos, não se pode admitir que isto indique ou venha indicar catástrofes. Daí César o que é de César e a Deus o que é de Deus.
Para o desfile do próximo ano procurem novas melancias.
Realinhamento para a Kabbalah é tikun que é renascimento, vigência do novo sobre o velho, e não desastre, o que é positivo e não nefasto. Que venham todos os tikunes! Mas, sem o pessimismo e a má vontade desses profetas menores do mal. Que possamos comemorar em paz os festejos deste fim de ano.
Baal Shem Tov ensinava que a tristeza é uma ingratidão para com Deus. O que diria dessa mania de catástrofes que tomou corpo no esoterismo hodierno?
Verbalizar pensamentos nefastos para a humanidade é testemunhar o seu desamor pela vida. Um pouco de pudor de sua malevolência individual que não seja estendida a todos, que caia sobre cada um a responsabilidade de seus agouros, porque a vida é algo precioso, de que dispomos, e que a cada um cabe vivenciá-la do seu jeito ou não: os cassandras acordam de mau humor! Que pena! Nós outros pobres seres humanos louvamos a Deus. Mercê de SUA bondade amamos a vida e verbalizamos as coisas belas com que ela nos brinda. Dos céus admiramos a beleza dos astros, das noites estrelares de nossa fé, e de nossos amores.
Paz Plena!
Ozâmpin.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Aprendizado


Em atenção às solicitações de vários participantes do nosso “blog” vamos tratar, desta feita, de um tema meramente didático, não muito conveniente para um “blog”. Noblesse oblige: vamos em frente!
Trata-se de Kabbalah Prática, o que se entende por essa denominação? Deveras é bom considerar que Kabbalah Prática é uma coisa e prática de Kabbalah é outra coisa. Kabbalah Prática segundo Arieh Kaplan, um dos maiores eruditos comentadores e exegetas de textos cabalísticos, Kabbalah Prática são exercícios de Meditação. Agora, diremos Kabbalah Prática, uma vez conhecido esse conceito, é uma parte do conteúdo mesmo das matérias cabalísticas, enquanto que a prática da Kabbalah é a aplicação desses princípios na vida corrente e ordinária de nosso dia a dia. Recentemente um precioso livro de Helvécio de Resende Urbano Junior 33º (Ali A’l Khan) lançado pela editora Madras, vem colocar muito bem os pontos nos “is”, e é bastante esclarecedor quando o eminente autor define o seu propósito ao dar o seguinte título à sua obra, aliás, uma das melhores surgida recentemente: MANUAL MÁGICO DE KABBALAH PRÁTICA – Madras, São Paulo: 2011, abordando temas que tais: - Cabala, Esoterismo, Magia, Ocultismo.
Aconselho a todos que quiserem começar a discernir do que se trata, não só a leitura, antes até, o estudo mais aprofundado desta obra, não tanto pela temática, mas, pela qualidade dos comentários que traz à luz, quando tudo fica claro e dirimido.
Há um certo preconceito editorial no sentido de não se valorizar autores nacionais em se tratando de esoterismo, porém, este livro deita por terra todo esse preconceito colonial, já que tem de sobras qualificações notórias que retratam conhecimentos dignos de serem transmitidos, pela abrangência de temas e por seus valorizados critérios pertinentes. Revelando a profundidade do saber e do cabedal de informações de que o autor dispõe na explanação de seus propósitos.
O valor não tem nacionalidade, o que vale é a pesquisa de cada ser humano, e de seu afã de expandir sua consciência para realizar o contato com os “Mundos Superiores”. Essa busca individual de se conectarem com a “Consciência Inata”, é dever e afã de serem o que devem ser, e ou do que vieram fazer em suas encarnações, já que ninguém encarna para passear neste planeta.
Dessarte, parabéns à editora Madras pela edição dessa prestimosa obra, marco da cultura espiritualista e esotérica no país.
A propósito, cabe-nos citar a epígrafe que o autor colocou no capítulo III de sua obra, intitulado de Angelologia Pantacular: - “quando o homem adquire a capacidade de comungar com a inteligência infinita e, por consequência, é iluminado pelo influxo da sabedoria, passa a ter condições e aplicar essa sabedoria ao reino terreno, onde ele existe como emissário de D – Us”. (Ali A’l Khan).
A epígrafe define e demonstra o que lhe move, mérito louvado!
Também na Invocação que faz à página 5: - “O homem é a chave de todos os enigmas e de toda verdade”. Esse, um ensinamento da concepção antropocêntrica da Kabbalah.

Paz Plena!
Ozampin.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Caridade e solidariedade


Você e o outro.

Amai ao próximo como deveis vos amar.

Em decorrência de nossa mais recente postagem, “confrontos e conflitos”, recebemos de nossos leitores e companheiros, reflexões mui curiosas e procedentes, entre as quais a preocupação com a caridade e a solidariedade, e da compatibilidade entre elas.
Para o modo de pensar analítico que não leva em conta a interação de características, já que é dual e não polar, e, portanto bem diferente do pensar analógico, elas não se interagem. Para o pensar analógico caridade e solidariedade são complementares, já que em toda caridade há solidariedade, e a recíproca é verdadeira. Ainda que possa ocorrer com a solidariedade algum desvio, há nela muito de caridade. Se a solidariedade às vezes aparece envolvida com alguma influência da vida material e, como tal ou por isso mesmo, deixa-se contaminar por vibrações mais interesseiras de vaidades e poderes, a caridade é puramente da ação, por ser espiritual. A solidariedade é não raro uma participação condicionada por certos interesses, posto que se trata de mera ação psíquica, função da mente concreta, hodiana, prática e imediata. 
Só na espiritualidade a dação é plena, na vida social a competitividade macula as intenções no interesse da sobrevivência, do ganho e do poder, quanto mais numa sociedade de consumo, quando então perde um pouco da sua autenticidade e pureza. É ai que se dá o que chamamos de segundas intenções. Mesmo que se possa justificá-las, interferem na espontaneidade da ação. Mas, senão são a mesma coisa, são, no entanto, complementares. 
A caridade é da alma, a solidariedade é um aprendizado da humanidade através da história. Viver é um eterno aprender. Na observância da mecânica da Árvore Sefirótica vamos aprender que oposições não são contrários absolutos. Assim é que geburah restringe e limita a força de expansão de hesed, mas lhe dá forma. O mesmo ocorre com nezah (criatividade) e hod. É hod que formula as ideias de nezad, para que yesod possa filtrá-las ao passá-las para malkhut, a esfera das formas finais, a revelarem a manifestação, dando o aspecto definitivo a tudo que existe neste mundo. A grande lição da ÁRVORE é que o sefirot são pares complementares e que não se deve nem se pode compreendê-los como antagônicos, e sim com a reciprocidade que os faz interagirem-se. Daí a dialética cabalística ser tão orgânica e natural.
É pela ÁRVORE também que se explica nesta numerologia a imanência dos feitos e fatos, já que números são funções cósmicas e evidenciadas pelas letras do aleph – Beit. As consoantes hebraicas e numéricas é que vão servir para a determinação de conceitos, arquétipos e ocorrências, a que se propõe a numerologia.
Diz o ZOHAR um dos textos fundamentais da Kabbalah: “pois, quando o mundo foi criado, foram as letras celestiais que deram início a todos os mecanismos do mundo inferior, literalmente segundo o seu padrão”.
E o grande cabalista, um dos fundadores da corrente dos hassidins, BAAL SHEM TOV, assim se expressou sobre os mistérios do aleph- Beit: “entre em cada letra com toda sua força, Deus habita cada letra e, ao entrar, você se une a Deus”. E o profeta Isaías aconselhava: “Pede para ti ao Senhor teu Deus um sinal (uma letra) pede-o ou embaixo nas profundezas, ou em cima nas alturas”. (IS. 7: 11)
Cumpre-nos repetir o que temos sempre afirmado: - se a Kabbalah é o caminho, a Árvore das Vidas é o mapa.
Em tomando, com efeito, a caridade como propósito da alma, ela revela um manifestação de amor e comiseração enquanto a solidariedade é tão só uma postura de aprendizado do homem. Aprender a viver é por os ensinamentos em prática, o que é útil, sábio, e proveitoso. E se não nos move o amor, ao menos nos movera respeitar a dignidade do outro, que é o que tem faltado nas relações humanas. Tomara que consigamos mudar este comportamento. Isto é o quê a solidariedade nos enseja. E queira a Deus sejamos bem sucedidos nesta intrépida audácia!

Paz plena
Ozam.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Encontros e confrontos


A História infelizmente registra que quase sempre encontros tornaram-se logo em confrontos, isso no diz respeito sobretudo as culturas e, ou as ideias. Na Arvore Sefirótica aprendemos, no entanto, que encontros podem e devem tornar-se oportunidades para mudanças positivas e transformações auspiciosas no sentido de partilha, ou de interações recíprocas. Por quê? Talvez tenha faltado nesses encontros que viraram confrontos, tanto a compaixão quanto a benevolência, sem as quais não se pode aproveitar a força e o enriquecimento enrustidos nesses encontros. 
Na Árvore observamos que a não – séfira DAAT, resultante de vetores de força de HOCHMAH (sabedoria, ABA) e de BINAH (entendimento, IMA) significa, Conhecimento, Paz e Filho, enquanto que tudo se dá na coluna intermediária do equilíbrio, ou da Fundição que é também, e por isso mesmo, tida como das Graças e da Clemência. Qualquer outra adjetivação torna-se pleosnática e inócua, pois Graça e Clemência dão a esta coluna a sua verdadeira significação. No triângulo d’Alma é Tiferet o lugar da conciliação dos eflúvios de Hesed com as de Geburah, daí ser denominado de Harmonia e Beleza. 
O Hieróglifo da Árvore, que é um grifo hierático explica melhor que tudo como funciona a compaixão e como sua força está para transformar todo encontro em comunhão, interação e participação como devêramos assim agir na vida. Partilha e interação são somas, adição, complementariedades, que só se pode obter pela benevolência e pelo amor, sem ego. No drama histórico não observamos senão egoísmos, malevolência, e nenhum traço por mais insignificante fora de compaixão. Tanto no que se refere a encontros culturais quanta à troca de costumes, hábitos, e de valores intelectuais, todos em geral exacerbados por orgulhos e vaidades, que nada valem, mas, que são, mesmo assim, portadores dos venenos da malevolência, do egoísmo e da esterilidade particularíssima e idiossincrásica de valores egóicos e individualizados .
A kabbalah que é o mais importante acervo da Sabedoria do Ocidente sempre soube assimilar a experiência de outras culturas e se enriqueceu nas diásporas do judaísmo.
Nilton Bonder em sua obra “Segundas Intenções” reconhece este ensinamento e cita: “Quando uma pessoa pensa em fazer algo perverso não deve ser imputada a essa pessoa a intenção até que o faça. Mas, se deseja fazer algo gentil, e por alguma razão acaba não realizando, deve-se considerar como se estivesse feito. (Salmos 30, & 4 , In: BONDER, p.61). E logo adiante, adverte: “ Toda vez que nas relações humanas houver assimetria, a malícia nos preencherá de segundas intenções. Essas assimetrias nos levam a convocar a justiça, que é um nível ainda mais profundo de manifestação de segundas intenções”.
Estados modernos, esses Leviatãs do Absurdo, são cheios de segundas intenções. E perdem oportunidades de se tornarem mais ricos com o que poderiam vir a conhecer a própria experiência desses outros povos de culturas tão distintas com que se encontram e se conflitam.
Em recente obra já encontrada no mercado, o mestre espiritual e líder político, Sua Santidade Dalai Lama, faz judiciosas observações da “Prática da Benevolência e da Compaixão”. Aconselho que leiam. O mestre em apreço dispensa apresentações, mas, seus enfoques são de uma importância para tomarmos posição a respeito do tema. Um tema importante que vai desde nossos primeiros contatos com o diferente até escândalos dos pré-conceitos e das exclusões, plenas de segundas intenções: o petróleo. Em nossa experiência existencial temos de avaliar que nossas pequenas atitudes de pura vaidade e soberba, podem tornar-se o combustível moral que justifica, por falta de compaixão, os desvarios políticos dos impérios que nos subjugam. Diz Bonder: “Essas assimetrias (de que falamos na citação acima) nos levam a convocar a justiça que é um nível ainda mais profundo de manipulação de segundas intenções. Novamente teremos que identificar o invisível para desmascarar o impulso moral. O Eu tratará de convocar seus amigos a ouvir suas razões. E eles serão muitos, porque, o território das segundas intenções é cheio de justificativas”. (p.61)
“O erro dos Estados é resultante óbvia da malevolência acumulada de seus cidadãos. Não se conhece história de Impérios em que seus cidadãos não fossem o que foram”.
As intenções são manipulações que demonstram os ardis do Ego, quer seja ego pessoal, quer seja nacional. Ego é sempre ardiloso. Quer seja pessoal, quer seja nacional tem de ser contido e alinhado. Tão forte que não se deve senão encaminhá-lo e retificá-lo.

Paz Plena !

Ozampin

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Aprendizado


As folhas mortas são como as Árvores retribuem ao vento que passa; na Natureza tudo é compartilhado”.

A Natureza ambiental tanto quanto a nossa, a nossa fisicalidade, é como faz a Providência Divina em nos protegendo, para que assim sejamos pacientes com as ocorrências de fraquezas que se nos acontecem com as idades avançadas. A paciência é uma virtude que temos de desenvolver, pois é própria para suportarmos o peso de nossa ignorância... Se ocorrerem antes enfermidades peculiares à idade – mercê do desgaste do material, convém que compreendamos tratar-se, ainda, da mesma proteção. Como assim? Ora, tudo se dá porque são preparações de como a psique (que é também consciência) vai nos condicionando para a morte. Temos a pretensão de querer ignorar a a morte. Quem ignora não sabe viver. Começamos a morrer desde o nascimento. A vida em si é um aprendizado e uma oportunidade para a alma; então a fraqueza e as doenças típicas que se dão com o cansaço do físico e a perda da vitalidade, são apenas preparação para que a consciência não sofra com a grande mutação de dimensão que ela vai experimentar na passagem.
A perda do corpo, o qual foi receptáculo para a alma, que é um estado da consciência, é antecedida por essa experiência: o propósito é poupá-la do choque maior que pode acontecer quando partir para outra dimensão sem o corpo. Essa separação que é a entrada dalma na dimensão da imortalidade sem o seu suporte físico quer a providência (que) seja suave e sem traumas.
Portanto, toda aflição que nos acomete com as doenças próprias da idade são, tão só, favores da Providência, já que não se morre, mas, se renasce, como se deu na encarnação, para uma nova Vida, sem a materialidade, desta feita. A preparação é, portanto, benefício e generosidade. É mister saber aceitar esta preparação com paciência, gratidão e alegria por tanta generosidade; nem sempre fazemos justiça a essa, experiência, mas, queiramos ou não, são benesses.
A Providência é plena de misericórdia que nem sempre podemos entender ignorantes que somos!... Graças a tanta bondade suportaremos a grande passagem sem que a alma sofra além de suas potencialidades. A perda da vida física pode desse jeito não ser trauma maior que supõe nossa inteligência linear.
Entrar na imortalidade é dádiva, entrar felizes e agradecidos é humildade. O destino é bem mais amplo que a encarnação, essa, apenas uma oportunidade, que nos depara. Assim, viver com alegria é morrer sorrindo...
Lembra-me o meu avô, um homem de fé, que pedia a Nossa Senhora que lhe permitisse partir dormindo para que não sofresse. E foi o que aconteceu, felizmente para a sua alma. Louvada sede, Mãe Amantíssima!
A alegria vida afora é tão só agradecimento pela encarnação. Despedir-se dessa com a mesma alegria do desfrute com que fomos brindados é Sabedoria. Oxalá, nós e familiares saibamos agradecer. Oh! Providência Divina, abençoada sede vós que nos amparastes!

PAZ PLENA.
Ozampin

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Novos Horizontes


Entre os dias 17 e 20 do corrente mês de agosto iniciamos um curso de Numerologia Kabbalística em Curitiba. Na oportunidade, coube-nos congratularmos com o comparecimento de um bom número de interessados pelo assunto. Ocorreu nesse ínterim histórico um fenômeno deveras curioso já assinalado por vários autores ligados à observância dos processos culturais que deságuam em nossos dias. Alguns cabalísticos, entre eles o eminente Ravi Michael Laitman já tantas vezes citados por nós, anotaram esse interesse e essa busca de esclarecimento espiritual em plena época de efervescência tecnológica.
O Rabino Joseph Saltoun em sua obra: “Árvore da vida, a arte de viver segundo a Cabala”, ressalta, com propriedade que lhe é própria:
Existe um guia divino que nos protege, mas existem também duas forças negativas que não querem que o homem saia do mundo da escuridão _ essas forças negativas são os “anjos caídos”. O Zohar nos fala sobre um povo chamado NEFILIM, também citado na Bíblia, que na verdade não é o nome de um povo, mas, um nome que simboliza os descendentes desses anjos que caíram na escuridão e entraram na mente das pessoas. Atualmente não são apenas dois anjos. Os Nefilim procriaram com as filhas dos homens e dessa união surgiram criaturas que não eram humanas no sentido puro, possuíam o corpo humano, mas, tinham a consciência influenciada pelos anjos negativos. Esse é um processo que começou na época da Bíblia e está ocorrendo até hoje. E quanto mais se reproduzem, maior é o número de nefilim sobre a Terra.” (p.56 da referida obra).
O fato é que boa parte desta geração parece começar a optar entre os 99% de luz que nos cerca, contra o 1% de escuridão em que nos mergulhamos. Apenas através de algumas frestas de penumbra que o Esoterismo (com s) enseja é que podemos perceber uma saída, dessarte a Kabbala, com seu tradicionamento de Sabedoria Espiritual com que o Futuro (o Mundo Vindouro) manifestava em outras gerações, começa a ser de novo o caminho mais objetivo.
Diz o mestre Michael Laitman às páginas 23, 24 e 25 de sua obra A Revelação da Cabala (Imago, Rio de Janeiro):
A Cabala entra em cena.
“A Cabala fez a sua estreia de 5000 anos na Mesopotâmia, numa antiga região que se localiza atualmente no Iraque. A Mesopotâmia não é apenas a terra natal da Cabala, mas, de misticismos e de todos os ensinamentos antigos. Naqueles dias, as pessoas acreditavam em diversos ensinamentos diferentes, na sua maioria seguindo mais de um ensinamento por vez. A astrologia, a previsão do futuro, a numerologia, a mágica, a feitiçaria, os encantos, o mau-olhado. Tudo isso floresceu na Mesopotâmia, o centro da cultura do mundo antigo”.
Vale a pena ler o que o autor esclarece pelas páginas 24 e 25 em diante, mas, dado a limitação de nosso espaço cumpre-nos apenas a indicação da obra citada. No entanto à página 27 ocorre-nos outro parágrafo do qual não podemos reprimir a vontade de reproduzi-lo, graças ao seu efeito esclarecedor para tornar o nosso propósito mais explicito:
“De acordo com a sabedoria da Cabala, esta colisão de culturas e o ressurgimento de crenças místicas que eram abundantes na antiga Mesopotâmia marcam o início da reunião da humanidade em uma nova civilização. Hoje, estamos começando a compreender que somos todos conectados e que precisamos reconstruir o estado que existia antes da fragmentação. Ao reconstruirmos uma humanidade unida, nós iremos também reconstruir o estado que existiu antes da fragmentação. Ao reconstruirmos uma humanidade unida nós iremos também reconstruir nossa conexão com a natureza, com o Criador”.
Sem dúvida, o Criador nos ajuda a reconstruir esta conexão mercê de sua imensa bondade por nós. E o que devemos fazer? _ Seguir esta tendência. Tendência que cada vez é mais flagrante nesta geração, alvíceras! A luz que retorna as nossas retinas obscurecidas pelo racionalismo reducionista do Iluminismo que envolve a cultura hodierna vigente.
À página 33 o autor faz de novo resumo do capítulo que julgamos relevante citar:
“Hoje quando um número crescente de pessoas está convencido de que a religião e a ciência não provêm às respostas às questões mais profundas da vida, elas estão começando a procurar em outra parte por respostas. Este é o tempo pelo qual a Cabala esperou, e é por isso que ela esta ressurgindo para prover a resposta ao propósito da existência”.
Em corroborando a nossa pretensa afirmação de que as forças imanentes do Bem triunfam finalmente, como dizia o nosso filósofo, Tobias Barreto, retornamos a obra do rabino Josefh Saltoun, da qual selecionamos alguns conselhos positivos:
“Hoje, a nossa geração de acordo com a Cabala é chamada de “a última geração” (The Last Generation). O que significa a última geração? Por que as gerações precisam chegar ao fim? Seria este o fim do mundo? “Existem profecias apocalípticas sobre isto, sobre a destruição do mundo, mas, a Cabala não as aceita, da maneira que são apresentadas”. De acordo com a Cabala, o fim do mundo não é o fim do mundo físico, mas, o fim de uma concepção limitada do mundo físico que existe na mente de cada pessoa, desse modo o fim é na mente e não no mundo físico”. ( diz o autor à página 28)
Não devemos ficar presos a breves citações. Por que não ler o testemunho importante que o livro nos traz? Peça-o ao seu livreiro. Nesta obra o leitor é convidado a entender conceitos básicos da Cabala, que é uma metodologia.
Ora, se para nós a KBL é antes de tudo uma metodologia, a Numerologia é também uma metodologia, e formam entre si um método perfeito e apurado para verificar os desígnios superiores de nossas almas. É essa concepção que nos move no estudo da Numerologia Cabalística que ao contrário de outras, apresenta uma proposta orgânica do que venha a ser Numerologia, como um sistema prático. A decorrência lógica natural das funções numéricas origina-se da Árvore das Vidas, um anagrama que por si só esclarece o processo de CRIAÇÃO, quando, então, os números são funções cósmicas. Nada nesta numerologia cabalística é abstrato ou aleatório. Tudo é decorrente da própria significação do valor numérico das sefírotes e das letras do alfabeto hebraico.
As metodologias quando se conectam, ajustam-se e o resultado pode vir a ser uma rigorosa concepção de métodos. É o caso da numerologia cabalística. Severidade e rigor reportam-se a Geburah. Mas é sempre indicado compreendê-los sob os reflexos da Generosidade e Amor de Hesed, a produzirem a Beleza e Harmonia de Tiferet.

PAZ PLENA,

Ozampin.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Altivez e Dignidade


O Rabino Joseph Saltoun em sua obra, recentemente, traduzida para o vernáculo e publicada por Kabbalah Livros, Rio de Janeiro, 2012 – A Arte de viver segundo a Cabala, faz-nos compreender de perto e de novo a importância desta Tradição de Sabedoria com a sua proposição de trazer o Ensinamento para todos nós. A kabbalah é um caminho, portanto, uma metodologia. Na decodificação que se encarrega de fazer, vê que as escrituras são antes de tudo obras cifradas e codificadas, dispensando a leitura meramente linear e literal, revela que essa exegese requer vontade, clareza, firmeza e honestidade, e, sobremodo, independência. A Kabbalah é o Caminho, mas o mapa do Caminho é a Árvore da Vida. O autor nos mostra que é necessário observar o mapa, pois, além de tudo ele é um roteiro que diz respeito à experiência da humanidade por esses cinco mil anos. Talvez a interpretação que os historiadores e cientistas sociais tenham feito das Escrituras tem sido falha por ignorância de espiritualidade. Quanto à interpretação das religiões, pode ser que tenha falhado mercê do dogmatismo (e há casos de fanatismo) e da fé cega.
O mais importante a assinalar é a dica de que as Escrituras não são Ensinamentos que vieram do passado, antes, pelo contrário, do futuro. A Consciência, como tal, fora do tempo e do espaço, é a razão que explica isto. Dessarte, inóqua se torna o debate histórico-sociológico sobre a escravidão no Egito, pois, não se tratava de uma ocorrência do sistema político, mas, de um estado de consciência como se depreende desse conceito à página 35.
“Assim quem acumular várias almas, e conseguir realizar a missão de cada uma delas, receberá grande quantidade de luz em sua vida. Todas as almas poderão se salvar, e depende de nós apressarmos esse processo – depende de nossas ações e de nossa capacidade de acelerar o processo de volta ao Paraíso”.
E à página 37: - “Na Cabala falamos que cada pessoa tem uma missão espiritual e que, quando consegue realizá-la, experimenta a consciência da eternidade. Vida eterna é também uma consciência eterna. É uma forma de pensamento: se pensarmos de maneira limitada, nossa vida é limitada”.
Não raro, temos conversado com alunos de que a encarnação (esta vida física) é dádiva que teremos de aproveitar para expandirmos nossa consciência, pois, ninguém encarna para passear, menos, ainda para pastar. Noutro trecho lapidar de ensinamento, podemos ler: - “O papel da providência: é equilibrar a qualidade da consciência, da inteligência cósmica, e também proteger os seres humanos para que façam uso de seu livre – arbítrio, da maneira certa esse é o processo de crescimento espiritual” (p.39).
Na página 41 ele explica bem o papel da kabbalah e diz: “A Cabala decodifica o código que existe na Bíblia, código este que não pode ser entendido sem a sua chave, que é o ZOHAR”. E parágrafo afora faz interessantes, oportunas e objetivas explanações sobre as lições com que nos provê o ZOHAR, livro fundamental da Cabala. E a alhures (p.47) esclarece: “Moisés não veio do deserto, nem do Egito, sua consciência veio do futuro. E todas aquelas aparições de Deus a Moisés? Não era Deus no sentido convencional quem aprecia, mas, a consciência da alma de Moisés, que se manifestava, e assim conseguiu passar pelo tempo da escravidão no Egito”. E segue por aí a demonstrar que a escravidão é um processo consciencial do qual podemos libertar-nos, se nos aprouver. E a Cabala está nos preparando para ultrapassar esse ciclo de tempo, o da escravidão.
O autor mostra a função da Cabala, que nem a ciência, nem a religião, muito menos a consciência humana robótica, obsessiva e compulsiva conhecem. O julgamento não é desejo de Deus em punir, mas, é feito pela própria consciência humana robótica, que é uma consciência obsessiva e compulsiva. Ora, o ZOHAR foi escrito para preparar dessa maneira esse entendimento. Se querem saber a causa, existe um caminho certo.
O autor demonstra neste livro o valor incontestável do labor humano intelectual (mas consciente do que seja a missão de cada um, na sua encarnação, como modo de libertação (para alma)) e nos ensina como preparar a nossa consciência para receber a revelação messiânica; assim assinala o caminho que está ao nosso alcance.
“A imortalidade não vem do passado, ela vem do futuro” (p. 54, primeiro parágrafo).
O que é que dá ao autor tanta certeza e convicção do que afirma senão a vivência da Árvore? A Árvore não é a penas um hieróglifo a explicar a Emanação da Vontade Divina, ainda que importante seja. Ou um roteiro para a Arte de Viver. É tudo isso, sim. Mas, é aquele caminho mapeado para a libertação da consciência de cada um, ensejo da Espiritualidade. Ensejo que nos liberta da Escravidão a que nos submetemos se não tomarmos a consciência de nossa missão. Oxalá ocorra Graça e Misericórdia da Providência em socorrer a nós, se o quisermos com desejo, vontade e certeza. 

Paz Plena.

Ozâmpin

sexta-feira, 15 de junho de 2012

A busca


Numa de suas mais recentes obras, o Rav Michael Laitman, com sua linguagem simples e na sua habitual capacidade de tornar fácil e compreensivo temas herméticos, traz à luz uma das preocupações daquilo que chamamos de Kabbalah Antropocêntrica, ou seja, o método cabalístico que ensina a humanidade a fazer a semelhança com o divino, já que ela é a imagem, conforme diz o Gênese: “Façamos o homem à nossa imagem e (faça ele) a semelhança". Sim, fazer a semelhança é o desejo humano de (depois de recebido) doar (ter a intenção de), doar ao Criador, isto é, diz o autor: “A construção da intenção sobre cada desejo que sentimos é o que nos faz conscientes de quem somos, de quem o Criador é, e de se queremos ou não ser como Ele – altruísta – mas mostra-nos quem somos, quem Ele é, e nos dá a oportunidade de fazer nossa livre escolha, nos tornamos as pessoas que pretendemos ser: semelhantes ao Criador, ou não. (p.86, obra: A Revelação da Cabala).
Se tomarmos a Árvore Sefirótica para entendermos este caminho que especifica a intenção de se elevar à origem da luz que é Keter, quando ela se reflete em Malchut, a séfira da matéria no plano assiático, compreendemos que Malchut é o receptor e que a luz que recebe por doações deve retornar aos triângulos superiores que, graficamente, se referem aos mundos supernos. Se Malchut é grande vaso (Kli) que desejou e recebeu a luz, cabe-lhe devolvê-la e tornar-se também doador.
Esta é a mecânica da Árvore, em resumo, a dialética que deve orientar o nosso desejo de doar, (altruísmo) como fez o Criador (Kadosh Baruch Hu). A um tempo explica a ética cabalista: é Devekut, ou seja, a interação com a divindade, como um dos fundamentos dessa corrente da Cabala que situa a intenção do desejo humano e esclarece esse fato como centro e objetivo do nosso comportamento.
Diz o autor: “Onde há um caminho havia um desejo”. E ensina: no primeiro capítulo, dissemos que o conceito de Kli (vaso) e Ohr (luz) é inquestionavelmente o conceito mais importante na sabedoria da Cabala. Na verdade, entre Kli e Ohr, o primeiro é o mais importante para nós, por mais que o verdadeiro objetivo seja obter o segundo.  E acrescenta linhas abaixo (pgs:86-87).
Falando cabalisticamente, é necessário um Kli interno para detectar um objeto externo. De fato os Kelim (plural de Kli) não apenas detectam a realidade exterior, eles a criam. (...)
Não existe um mundo exterior, nem coisas tais. Existem desejos, Kelim que criam o mundo exterior de acordo com suas próprias formas. Fora de nós, há apenas a Forma Abstrata, o Criador imperceptível, intangível. Nós damos forma ao nosso mundo, dando forma às nossas próprias ferramentas de percepção, aos nossos próprios Kelim. (...)
Quando corrigirmos nossos Kelim e fizermos com que eles se tornem belos, o mundo será belo também.
E completa seu ensinamento com estas palavras: “O Tikun (correção) é interior, e assim também é o Criador”. Ele é o nosso “eu” corrigido.
Citar trechos fora do contexto da obra não é boa prática, mas, quando se trata de trechos de Rav Laitman, pode-se fazê-lo com extrema facilidade, já que o contexto da obra é como uma túnica inconsútil.
A preocupação desta intenção se cinge à compreensão do que chamamos: O Pensamento da Criação, o plano mestre do Criador. Eia, pois, companheiros, esta obra do Rav Laitman é, deveras, Um Guia da Pessoa Comum para uma vida mais tranqüila, e deveras, uma Revelação.
Como a Cabala é antes de tudo uma holopráxis aproveite, leia, pratique E creia como diz o autor: “Um Kli corrigido é um desejo utilizado com intenções altruístas”. Então o ÚNICO PROBLEMA É MUDAR AS INTENÇÕES COM AS QUAIS USAMOS NOSSOS DESEJOS.

Paz Plena

Ozampin




segunda-feira, 7 de maio de 2012

Religião e Espiritualidade.


O que é o espiritualismo? – Um ledo engano.

Hoje em dia não se sabe por que, se por ignorância ou por mero modismo, ou se por exibicionismo puro, ou se por falta de comprometimento com seu credo, quando se pergunta (para efeito de cadastramento) a uma pessoa qual a sua religião recebemos de súbito essa resposta estapafúrdia: - Espiritualista.
O que quer dizer isso? Espiritualismo não é religião. E religião ou se tem ou não se tem. Não se trata apenas de questão de semântica ou de falta de conhecimento do léxico da língua portuguesa. Não. É simplesmente falta de convicção, de certeza e, literalmente, de má fé.
Todos nós humanos encarnados somos antes de tudo espírito. Diziam os egípcios há 18 mil anos atrás que o espírito precisa do físico para se manifestar. São Paulo enfatizaria esse conceito ao afirmar que não há alma sem corpo nem corpo sem alma. Não se esquecendo que para o conceito do Apóstolo era de NEFESH para todos os seres vivos e de NESHAMAH para os humanos; ou de RUACH no sentido mais abrangente: espirito. Todas essas denominações foram traduzidas para o grego como psique e para o latim como anima. Que pobreza! É o que ocorre quando se traduz do hebraico para essas línguas meramente conceituais. Para a Cabala e para o judaísmo a alma em suas rotações cíclicas é Ruach, Neshamah e Nefesh. Daí essa confusão de se acreditar que só os homens têm alma. É logico que com as significações de Ruach (espirito), Neshamah (alma humana) e Nefesh (vitalidade), ou seja, alma animal e/ou vegetal.
Espiritualismo é uma tendência ideológica indicada na própria palavra por este genérico e perturbador sufixo de ismo, que nada acrescenta, mas que pega incautos e desprevenidos pelo pé. Ocorre-nos o que os mestres e estudiosos da concepção holística em no-la explicando, por exemplo, diriam que o termo holismo é uma excrecência, pois holismo é justamente aquilo que não é holístico. Parodiando-os poder-se-ia dizer que espiritualismo é mera ideologia reducionista e limitativa, portanto, exclusivista daquilo que se concebe como a busca pelo espírito. Muito ao contrário a religião que tem suas raízes no radical latino religare a significar que liga o mundo físico ao mundo do espírito. Isto além de ser religião, é também o sentido da espiritualidade, um estado de consciência expandida. Portanto é a religiosidade e não esse esdrúxulo espiritualismo que explica a real intensão dos buscadores de estados superiores da consciência. Se a pessoa em pauta não acredita em religião, mas em Deus, basta dizer-se teísta. Enquanto que espiritualista não é necessariamente aquele que não tem religião já que toda pessoa religiosa busca a espiritualidade por ser esse tal de espiritualismo apenas uma ideologia equivocada de quem quer um caminho espiritual só para si, historicamente bem diferente de toda a humanidade que sempre pautou-se pela religião na busca de Deus.
Apesar das indiossincrasias e peculiaridades das religiões, conturbações naturais inerentes à busca, Religião é que faz a ligação entre o mundo da matéria e do espirito. Religiosidade é sentimento de humildade e de contrição que faz de quem a pratica um buscador verdadeiro e autêntico apesar da diversidade de cultos, ritos, e celebrações de cada uma. Ora, se não convém a uns, convém a outros. Essa é a história humana, às vezes perturbada por egoístas que pretendem serem os únicos escolhidos por Deus. Não cabe a um homem sozinho a busca por Deus, mas sim por toda a humanidade. Por quê? Porque é Deus que busca pelos homens, pela humanidade. Não por um homem sozinho, mas por todos nós, sim, porque somos todos um em UM.
É mera pretensão de cada personalidade ter por si só descoberto um caminho distinto diverso e particular para crescer. Quando chegamos a esse mundo a estrada já está pronta, o caminho somos nós que o fazemos mas, se a estrada já estava pronta, é para que todos nós a trilhemos em conjunto.
A Cabala ensina, por exemplo, que o mandamento único é: - Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Aquele que pensa que descobriu um caminho exclusivo é um reducionista crasso, o que é bem típico de um iluminista bem comum da cultura moderna. Mero egoísta típico iluminista que não crê em nada a não ser em si mesmo.
Shemá Israel Adonai é Nosso Deus. Adonai é Um.
Não importa a sua religião. Adonai é Um. Portanto não se envergonhe de sua peregrinação. A alma coletiva (Ruach), o espírito é só um.
Quando você tiver vergonha da religião de seus pais, de seus irmãos, desses pobres filhos de Deus que somos todos, declare-se ateu ou teísta, mas nunca espiritualista que nada significa. Esse espiritualismo é tão só uma ideologia de uma envergonhada e canhestra espiritualidade que não é espiritualidade e nada é.
Acaso, só você é que sabe marchar e está de passo certo, num batalhão que tem a coragem de se mostrar? E que tem um comprometimento maior com a verdade?
Humildade e água benta não faz mal a ninguém nem a si mesmo.
Paz Plena aos homens simples de boa vontade. Somos todos Um em Um. Adonai é nosso Deus. Adonai é Um. 
Louvado Seja!


Ozampin           

sábado, 21 de abril de 2012

A Letra CHET (Respeito, Temor, ASSOMBRO)

Na excelente obra de Jean-Yves Leloup - Deserto Desertos; 2ª edição, Ed. Vozes, entre poemas lapidares e certas considerações notórias escolhemos sem pretensões de qualidades estéticas os seguintes poemas, a seguir, que nos remetem à letra Chet que é justamente tão assombrosa como o deserto, o que nos leva a crer que sem vivenciá-la no seu trajeto de Tiferet a Daat, através do abismo, nada seremos ou “torna-se areia ou se petrifica”. Mas vejamos todo o poema para melhor compreendê-lo na comparação com a letra referida: 
                                                        No deserto
O homem não é
Ele deve ser
Vir á ser sem cessar
Não há parada possível
De hoje em diante
Ele deve inventar-se a cada passo
Seu desejo o salva,
Se parar
Torna-se areia ou se petrifica.

O homem não é um ser
Um pode ser.


Em outro poema que diz: 

Feliz os nômades e os peregrinos
Mantidos em estado de pergunta todo dia
Aproximam-se de seu nome de origem: Adão: O QUÊ ?
Eco do nome sagrado
DAQUELE QUE É SEM ORIGEM: I.H.V.H.



O autor, um místico, que se apresenta como teólogo cristão é uma das mais brilhantes figuras da espiritualidade de nossos dias. Todavia como se pode ver, seu pensamento é genuinamente cabalístico. Oferecemo-lo aos leitores para que possam bem observar que a beleza da espiritualidade, como vibração tiferética, é de toda a humanidade e de todos os credos, conquista que se obtém na permanente busca do I.H.V.H., daquele que é sem origem.

Paz Plena,
Ozâmpin

Testemunho

Uma de nossas companheiras estudiosas de Cabala envia-me esta carta, trago-a a público não por vaidade, mas por respeito e íntima compreensão do que tem sido esse nosso convívio auspicioso como buscadores que somos, todos os estudiosos de Cabala, do I.H.V.H., Louvado Seja, o qual nos acena e nos ampara com sua infinita misericórdia. 

domingo, 1 de abril de 2012

DESCORTINANDO NOVAS POSSIBILIDADES DE CRESCIMENTO NA PRÁTICA DA KABBALAH

- O que é ”crescer” em nosso jargão?

A Kabbalah é uma milenar tradição de sapiência espiritual. Dessarte, crescer na sua concepção significa atingir níveis superiores de consciência.
É preciso distinguir certas particularidades: - A Kabbalah não é autoajuda, ainda que alguns, dito cabalistas, encantados pelo “canto da sereia” do sucesso comercial dessa sub-literatura, mera programação da sociedade de consumo, permitem-se deixar tratar a Kabbalah como matéria similar. Deveras, tal simulação é execrável e não passa de pura manifestação egoica de caráter venal.

Para a Kabbalah, crescer revela um movimento ascensional do espírito humano capaz de possibilitar a “trans-cendência” que, em suma, constitui nosso único propósito. Na Árvore das Vidas, crescer é tido como o “caminho da Flecha”, isto é, o caminho que desde Malchut, passando por Yesod, visa Tiferet. Assim, o sucesso e ganhos materiais da literatura de autoajuda, dirigida a um público específico com pretensões de arrivismo mundano que nem de longe se assemelha aos desideratos do cabalista, para quem o aspecto mais importante de uma pessoa são suas aspirações, e não suas conquistas, porque o egoísmo é que exige conquistas, conforme nos ensina o Talmude.

Desprovido de quaisquer preocupações de sucesso mundano, o mister da Kabbalah é a evolução espiritual da alma, como tal.

E como somos apenas almas, toda nossa intenção é a de superar estágios da encarnação. Move-nos tão só o desejo de alcançar a plenitude da Luz já que estamos imersos em 1% de trevas densas cercadas por 99% de pura luz. Em que pese a percentagem, vitima-nos, também, a densidade da experiência material a que estamos submetidos em nossa aprendizagem. Contudo, mesmo assim, toda encarnação é sempre uma dádiva e esse aprendizado deve ser experenciado com alegria e prazer. Eia, pois, que o Criador dotou suas almas de alegria, desejo e prazer, consequentemente, a experiência do crescimento só pode mesmo ser alcançada, na prática, no usufruto e no conhecimento do que sejam alegrias, desejos e prazeres.

Ora, toda alegria se deve porque almas, ao receber a ventura da encarnação, devem sentir-se satisfeitas e agradecidas por cumprirem com os desígnios da Criação. A alma é uma entidade beriática vivendo no mundo yezirático. Daí a razão de seu Livre arbítrio; posto que não segue as leis do mundo beriático por participar do mundo yezirático, e como tal, também, livre das injunções das leis desse plano. Nada fez o Criador mais livre que a alma. Daí a sua alegria por ser livre! Deveras, não há mesmo como não agradecer a participação em um mundo maravilhoso com enorme riqueza natural, de belezas infinitas, de mil matizes de cores, de sons, de luzes; de sensações e de sabores. Como não se alegrar com a verdura da terra, a leveza do ar, as cores dos céus e a volúpia das águas?

Mas, quis a infinita generosidade do Kadosh Baruch Hú (O Sagrado Abençoado Seja – O Criador, em português) que além de toda essa alegria, fôssemos dotados de desejos, para que, em de tudo desejando, não nos esquecêramos de desejar de retornar ao Éden. Incutido nas almas o desejo haveriam elas de desejarem sempre de retornar ao Criador. E como gozosos seriam os passos do retorno! 
Dessarte, ao gosto e ao prazer das delícias efêmeras da matéria, sempre as almas ainda desejariam outros prazeres mais sutis como o dos mundos superiores!

No entanto, é aqui, nesta realidade da encarnação que temos de experimentar e de superar essas vivências de alegria, desejo e prazer, cujo desafio e mérito é conquistar alegrias, desejos e prazeres de estágios mais elevados de consciência.

A alegria de viver não é só de prazer pela natureza encantadora que nos envolve como manto acolhedor, mas é, antes, aprendizado de alegrias de superação. Se a matéria nos fosse hostil, que méritos haveria em superá-la? No entanto, se não houvesse alegria em viver, como poderia haver alegria maior nas expectativas de chegar-se a um outro plano e experimentar de uma bem maior e mais plena alegria?!

É a alegria e o prazer de viver que torna mais suscetível o nosso desejo de outros mundos mais gozosos. Só experenciando o bom poderemos desejar o ótimo!

Muito ao contrário de outras teorias vigentes, diz a Kabbalah que tudo que nos é dado é para o nosso bem e prazer. O que, acaso, possa nos parecer ruim é tão só a ocorrência que se dá para que o bem possa vir a ser melhor apreciado. O que muitas vezes torna a experiência do ruim negativa é a nossa ansiedade, ou a impaciência em suportá-la. O rabino Yeoshua ben Myriam, de abençoada memória, já nos ensinava: aprendei a sofrer e não sofrereis.

Pois bom e ruim são apenas faces de um mesmo aprendizado.

Como vemos, a prática de Kabbalah não é de sofrimentos, mas de compreensão e conhecimento.

Três transes: alegria, desejo e prazer.

Toda a alegria de viver, a alegria de estar aqui encarnado, usufruindo das vidas, é tão só a alegria de ser. Alegria oriunda do SER em nós. Alegria de agradecimentos por tudo que nos é dado. Temos só de receber e de dar o que de graça nos foi dado: Receber e dar é o mistério indelével da existência.
Saber discriminar o que recebemos, para que possamos dar é uma das virtudes de MALCHUT, a décima séfira. Aquela que, como IOD, que é, (IOD = 10), na Árvore das Vidas, empurra para cima o discriminado e para baixo o indesejável. 

O que vai para cima é todo o impulso para crescer.

Desejo de viver, de estar, e de ser livre para crescer, não só vegetativamente, mas com plena consciência e risco da liberdade. É crescer psiquicamente. É a certeza psíquica. É o que aprendemos em YESOD, séfira da consciência do corpo, cuja virtude é a da Independência.

Todo este processo que descrevemos é o psicológico que se dá em nós. É a rotação de RUACH.

Desejo de tudo abarcar e de estender-se é o que oferece-nos Nezah. A séfira do desprendimento e da firmeza. Criação. Repetição. Características de Nezah, os portais do mistério. Nezah representa os níveis de concretização da força na forma. Em Nezah instintos e emoções se encontram. Em Nezah tudo é plural.
Já desejo de tudo assimilar e de poder formular são funções de Hod, quando o plural de Nezah se torna individual. A virtude de Hod é a veracidade. Suas funções se manifestam pela Razão. Hod é a esfera dos desejos, propriamente ditos.

Ao alcançarmos Tiferet depara-se-nos as rotações propriamente concernentes à alma humana. É o nível de Neshamah que precisamos vivenciar, mas aqui, vão ocorrerem outros estágios bem distintos.

Este é o nível da TRANS-CENDÊNCIA.

A alma, na Árvore das Vidas, representa-se por um triângulo descendente (para influenciar a psique) com os sefírotes Gevurah-Tiferet-Chessed. Jung diria que este é o nível da individuação. Para nós, o estágio da Transcendência. Transcender é crescer com consciência.

Em Gevurah, em que se exercita o Livre arbítrio, é quando a alma se avalia. É nesta esfera da Severidade e do Rigor que é traçada a sina das Encarnações. É através do Livre arbítrio, emanado de Daat, que as escolhas de cada experiência encarnatória se projetam. Às vezes, depara-se-nos tantas e tantas criaturas vivenciando experiências atrozes, sob uma destinação rigorosa e implacável. O vulgo o atribui a “castigos de Deus”. Nada disso é verdade! O Divino não pune, não castiga, não interfere. Cabe sim a alma, no seu julgamento, em livre arbítrio, assinalar e assumir a sua missão em cada encarnação para despojar-se de seus carmas e, na realização de seu TIKUN, a fim de poder crescer e vencer suas dificuldades. Em hebraico pecar é simplesmente, errar o alvo. Até o melhor atirador soe errar o alvo. Em Geruvah, esfera da lei, e entre elas, a lei de retorno, processa-se o alinhamento que o Tikun exige. Se são rigorosas as cobranças e posturas do alinhamento, devêmo-las ao rigor de Geruvah. Mas, a alma, ciosa do antes e do depois, além do tempo, e assim, além do espaço, como unidade espiritual que é, não vê a severidade como castigo e, sim, como oportunidade evolutiva. Por isso, sua escolha, que mal podemos entender, é, no entanto, prenhe da Sabedoria Superior de Hochmah, e manifesta toda a compreensão de Binah. 

Tudo se dá por amor, jamais por penalização. O que às vezes possa parecer doloroso e, às vezes, cruel, para a inteligência da alma não é senão exercício de aprimoramento e reratificação. Há muita coisa que a mediocridade do Ego não é capaz de perceber ou de entender.

No lado oposto à severidade de Gevurah figura Chessed, a séfira da Generosidade, da Expansão, da Força, da Misericórdia, da Pureza, da Alegria, (simchá) e da criança interior. Tiferet, o Trono de Salomão, é que vai harmonizar os embates de forças da expansão e de forças da restrição com seu poder de concentração e de equilíbrio. Séfira da equidade que tudo ratifica e embeleza, representa a consciência Superior, ou seja, aquela tomada de consciência de que somos almas e, portanto, apenas Consciência, pronta para experimentar a satisfação de todos nossos desejos e aspirações espirituais de entrega, amor, doação plena e absoluta aos desideratos superiores. É nessa esfera de Eu Superior e do Eu Interior que a alma, ela própria assume a sua rotação de Neshamah e, é quando retorna às dimensões superiores de Chayah, livre das rodas encarnatórias. Eis que são mais que gozosos esses prazeres que se dão nas dimensões superiores do Éden Superior.

A Kabbalah prática ensina-nos não a destruição de desejos, ou prazeres, mas a alegria suprema de, em Hessed, sublimá-los. Ensina-nos em rigoroso aprendizado, mercê de exemplos e lições de como somos senhores de nossos desejos, a orientar nossas vontades para a certeza de nossas convicções e propósitos. O aprendizado da Kabbalah prática nos leva à prática de tomadas de Consciência de nossos poderes através de práxis milenares de boa ética e de buscas inelutáveis de superação. A Kabbalah, apenas metodologia rigorosa de ”aprender a ser”, é um caminho especial, entre outros tantos de aplicação de uma teosofia experimentada e praticada há mais de 5.000 anos. A sua força vem da sua Tradição.

Na Kabbalah aprendemos desde muito cedo que existem três dimensões: ATSMUT (essência) AIN SOF (Infinitude) e NESHAMAH (alma). Deveras, todas estas dimensões são a Consciência, ela mesma, essência que a tudo envolve. Assim, Neshamah, alma, é apenas uma dimensão dessa Consciência, quando as suas cinco rotações não são senão estágios dessa mesma Consciência, a saber: Yechidah, Chayah, Neshamah, Ruach e Nefesh. 

Nessa nossa realidade, a encarnação, experimentamos, Nefesh (vitalidade), rotação rudimentar da alma mineral, vegetal e animal; Ruach (espírito universal que se evidencia pela Psique) e Neshamah, alma humana propriamente dita.

Na prática dessa concepção estabelecida ficam os fundamentos que nos orientam:

O Nome de Deus (o Tetragrammton)
O Alfabeto hebraico
A Árvore das Vidas

Ora, em conhecendo seus fundamentos e compreendendo as dimensões em que nos situamos, o desafio é só caminhar e crescer.

Fica, pois, um convite, venha participar desse caminho e partilhar dessa metodologia conosco.

Obrigado. Paz plena!

Ano XI do 3º Milênio. Regência CAPH.

(Arquivo: Palestra realizada nas Livrarias Catarinense, no Beiramar Shopping em 26/03/09, às 19:30hs).
ROTEIRO. Trata-se apenas de um roteiro temático, reservando-se ao palestrante variações outras em suas explanações, conforme lhe pareça o interesse público.