DEUS E O COMPASSO. Nesta pintura de William Blake, Deus utiliza um compasso para tornar real o desenho criativo.
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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

LIÇÕES DE KABBALAH

E quiçá levantes teus olhos para os céus e, vendo o sol, a lua e as estrelas – todos os astros dos céus – sejas seduzido e te curves a eles, e os sirvas, coisas que o Eterno, teu D’us, designou (para iluminar) a todos os povos que há debaixo do céu...
(Deuteronômio, 4:19-20)


- Os mistérios das letras do Aleph-Beit
(continuação das LETRAS)

A LETRA Pê (Phe)
... (maiúscula) = valor 800 – lê-se 17
... (minúscula) = valor 80 – lê-se 17

... acerca da Sabedoria é o silêncio (Avot 3:17)

Texto Yezirático:
Ele fez a letra Pê/Phe reinar sobre o Domínio
E Ele ligou a ela uma coroa
E Ele combinou uma com a outra
E com elas Ele formou
Mercúrio no Universo
A quinta-feira no Ano
Ouvido esquerdo na Alma
macho e fêmea.

é boca. Boca é o órgão da palavra, e a palavra quer expressar o domínio, do qual fala o texto yezirático.

Palavra é mantra, poder: - Pense (pensar é próprio à mente inferior concreta (HOD) bem, antes de falar !

Ah! Bastaria tivéssemos esse cuidado, essa atenção para que se evitasse tantos contratempos e aborrecimentos, senão trapaças (Mercúrio é um deus trapaceiro e enganador: mentiroso) e tragédias. Mas quem se cala ?

A palavra é arma de dois gumes: convence, dissuade e persuade, mas trai, fere e ilude. Ele dispôs minha boca com uma espada pontiaguda. (Isaías 49:2)
A palavra traz em si poder, domínio, e é portanto, sagrada, mas sua profanação (e quantas e quantas vezes não no-la profanamos?) implica em falha.

Na tradição crista encontramos em (MT, 12:36-37): Eu digo a vocês, no dia do julgamento todos devem contas de cada palavra inútil que tiveram falado. Por que você será justificado por suas próprias palavras e será condenado por suas próprias palavras. Mesmo assim não paramos de falar...

Já o TALMUD aconselha: Ensina tua língua a dizer não sei (quando não souberes), para que não mintas e depois te descubram. (Tratado Derech Erets, Zit, 3)

Eía que deveríamos cuidar antes de opinar, e, por isso, contar até com (100) antes de contestar alguém; e de contar até mil (1000) antes de emitirmos uma palavra de julgamento; mas não parar de contar jamais quando se tratasse de falar de alguém.

A título de ilustração, a letra Pê (boca) no Tarô, lâmina da Estrela, admoesta-nos contra a falácia, a mentira, a demagogia, a calúnia, os vitupérios. Veja só que bom seria (isso é sonhar demais; a Estrela, também, é sonhos e ilusões) se nossos políticos tivessem suas bocas costuradas e não fosse tão perjuros. Ah, mas isso é pura quimera, da Estrela. Palavras, ilusões, que bom se pudera ocorrer! Ilusões astrais, bem hodianas.

Já a sabedoria de Salomão nos advertiu. Como é boa a palavra em seu devido tempo !

Paz Plena.

Ozam

domingo, 21 de agosto de 2011

LIÇÕES DE KABBALAH

MORAL E ÉTICA II

É certo que bem antes da Revelação no Sinai o homem já era tudo como um “ser moral” e responsável por seus atos. Isso por que a Sabedoria é algo inato ao homem. A Sabedoria está na Séfira HOCHMAH, e é o que explica aquele dom moral, inalienável à alma humana. Esse saber-moral é que se chama de intuitivo. Dessarte, ser moral é condição da criatura feita à “imagem” de D’us. Ora, dir-se-ia que a ética é que cabe cumprir para que se dar possa a “semelhança”. Outrossim, se o Eterno é o Bem absoluto, há de todo indivíduo ser moral por exigência do Bem. Para a Kabbalah a ética vem a ser um sistema em que todas as partes se relacionam umas às outras já que são todas elas obras do Eterno.

Para Nachmanides (Moisés, 1194-1270), o RAMBAN, conforme o Ensinamento (Ex. 10.8) o amor de D’us está acima do temor a D’us; assim como a paz está acima da verdade (Sanh. 10, BM 87a).

Uma vez que o homem venha escolher “o caminho de D’us”, que é a via da moral, ele não só acessa o seu próprio potencial humano como até complementa a Criação. Nesta concepção a natureza humana não teria sido afetada em sua essência, no episódio da Queda e, como tal, todo o desenvolvimento moral em direção ao “caminho de D’us”, que é o da Bondade, tem de ser iniciativa do indivíduo por si mesmo.

Estátua de Yehudah Halevi
em Israel.
Entre os filósofos medievais foi Yehudah há-Lévu e Chasdai (Crescas) diferentemente de seus predecessores racionalistas (aristotélicos), assinalaram que a essência da idéia de D’us é antes a de Sua bondade que o pensamento, o que implicava na recusa de se tomar o conhecimento como valor superior e em demonstrar que a presença de D’us e a felicidade eterna, oriundos que são do Seu amor, não podem ser alcançados senão pela observância dos Mandamentos.

Já para o MAHARAL (Yehudah Loev, de Praga) só agindo moralmente é que o homem pode vir a se aproximar do “caminho de D’us”, realizando, dessa feita, a “imagem”.

Bem mais recentemente, outros pensadores, como Martin Buber, dispensariam à moral papel decisivo e fundamental à filosofia e se explicaria a indissociabilidade do amor humano ao amor divino. Como tal a ética é a via pela qual homem pode chegar a D’us.
São lições, cuja reflexão e no seu cumprimento, possibilitam-nos a buscar o Bem. Assim seja!




IMPORTANTE:
Não há tempo nem espaço para a Espiritualidade. O que separa os mundos não é a distância. É a intensidade de Luz. Quanto mais denso o mundo material menor a intensidade da Luz. Adquira mais Luz, estudando Kabbalah. 
As dimensões da Consciência são graus de luminosidade. 
São 3 (três) as dimensões da Kabbalah: - Atsmut (Essência) inatingível. Ein-Sof (Luz Infinita) e Neshmah (Alma). 
Os mundos são apenas sombras (OLAMOT) dos graus de Luz (OROT) que NESHMAH projeta.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

LIÇÕES DE KABBALAH – MORAL & ÉTICA

Ética é a ciência da moral, ou o estudo sistemático das regras e princípios que a regem.
A palavra “moral” reporta-se às regras que prescrevem as maneiras através das quais as pessoas devem pautar-se e aos princípios que apontam, em última instância, o que é bom ou conveniente aos seres humanos.
Para a Kabbalah, moral é um componente básico e central de seu modo de ver o mundo.
Simon, o Justo disse que: O mundo se sustém sobre três coisas: a Torá, l’avodah (“o serviço divino”) e os atos de amor. (Avot 1,2)
O Bom Samaritano por Rembrandt (1630) mostra
 o bom samaritano em entendimentos com o hospedeiro.
Hilel, autor da Regra de Ouro, ensinava: “O que não é bom para ti, não no faças ao outro. Isto é toda Torá, o resto são comentários. Vá e estuda.” (Chab, 31a)
Assim, quando falamos de Kabbalah, além de tratarmos da Devekut (adesão a D’us) da sua mística, da sua metodologia, da sua dialética, da sua cosmovisão, sempre abordamos aspectos de sua ética, pois foi na sua rigorosa observância que sobreviveu e que se mantém como um paradigma atual.
Na verdade aprendemos que é do próprio engajamento da Providência Divina, no seu estremado zelo em proteger a humanidade, que vem todo esse cabedal moral.
A ética não se refere só ao trato dos humanos entre si, ou mesmo deles com o ambiente que os cerca, mas antes, do indivíduo com a consciência cósmica que ele acessa. A consciência não é nossa, é cósmica, mas nós a acessamos a toda hora, por vontade própria, no afã de superarmo-nos. Tanto mais desejamos crescer e, com hercúlea vontade, mais podemos acessá-la. Não pode haver crescimento espiritual sem esse esforço de acesso, que nos permite a disciplina.
A Consciência é força que permeia tudo e abarca todas as coisas, pois o próprio universo é consciente. Reportamo-nos ao eminente esoterista de nossos dias quando dizia que O universo nada mais é que consciência e em todas as suas manifestações revela nada mais do que uma evolução da consciência, da origem ao fim.
Paz Plena,
Ozam

“Aplique-se na observância de ações meritórias, pequenas ou grandes.” “O mais importante é estudar diariamente, seja por muito ou breve tempo, lições de ética...” já nos advertia Boal Shem Tov, de louvada memória.
ESTUDE KABBALAH !