DEUS E O COMPASSO. Nesta pintura de William Blake, Deus utiliza um compasso para tornar real o desenho criativo.

domingo, 21 de agosto de 2011

LIÇÕES DE KABBALAH

MORAL E ÉTICA II

É certo que bem antes da Revelação no Sinai o homem já era tudo como um “ser moral” e responsável por seus atos. Isso por que a Sabedoria é algo inato ao homem. A Sabedoria está na Séfira HOCHMAH, e é o que explica aquele dom moral, inalienável à alma humana. Esse saber-moral é que se chama de intuitivo. Dessarte, ser moral é condição da criatura feita à “imagem” de D’us. Ora, dir-se-ia que a ética é que cabe cumprir para que se dar possa a “semelhança”. Outrossim, se o Eterno é o Bem absoluto, há de todo indivíduo ser moral por exigência do Bem. Para a Kabbalah a ética vem a ser um sistema em que todas as partes se relacionam umas às outras já que são todas elas obras do Eterno.

Para Nachmanides (Moisés, 1194-1270), o RAMBAN, conforme o Ensinamento (Ex. 10.8) o amor de D’us está acima do temor a D’us; assim como a paz está acima da verdade (Sanh. 10, BM 87a).

Uma vez que o homem venha escolher “o caminho de D’us”, que é a via da moral, ele não só acessa o seu próprio potencial humano como até complementa a Criação. Nesta concepção a natureza humana não teria sido afetada em sua essência, no episódio da Queda e, como tal, todo o desenvolvimento moral em direção ao “caminho de D’us”, que é o da Bondade, tem de ser iniciativa do indivíduo por si mesmo.

Estátua de Yehudah Halevi
em Israel.
Entre os filósofos medievais foi Yehudah há-Lévu e Chasdai (Crescas) diferentemente de seus predecessores racionalistas (aristotélicos), assinalaram que a essência da idéia de D’us é antes a de Sua bondade que o pensamento, o que implicava na recusa de se tomar o conhecimento como valor superior e em demonstrar que a presença de D’us e a felicidade eterna, oriundos que são do Seu amor, não podem ser alcançados senão pela observância dos Mandamentos.

Já para o MAHARAL (Yehudah Loev, de Praga) só agindo moralmente é que o homem pode vir a se aproximar do “caminho de D’us”, realizando, dessa feita, a “imagem”.

Bem mais recentemente, outros pensadores, como Martin Buber, dispensariam à moral papel decisivo e fundamental à filosofia e se explicaria a indissociabilidade do amor humano ao amor divino. Como tal a ética é a via pela qual homem pode chegar a D’us.
São lições, cuja reflexão e no seu cumprimento, possibilitam-nos a buscar o Bem. Assim seja!




IMPORTANTE:
Não há tempo nem espaço para a Espiritualidade. O que separa os mundos não é a distância. É a intensidade de Luz. Quanto mais denso o mundo material menor a intensidade da Luz. Adquira mais Luz, estudando Kabbalah. 
As dimensões da Consciência são graus de luminosidade. 
São 3 (três) as dimensões da Kabbalah: - Atsmut (Essência) inatingível. Ein-Sof (Luz Infinita) e Neshmah (Alma). 
Os mundos são apenas sombras (OLAMOT) dos graus de Luz (OROT) que NESHMAH projeta.

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