DEUS E O COMPASSO. Nesta pintura de William Blake, Deus utiliza um compasso para tornar real o desenho criativo.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

ENSINAMENTOS


EMANAÇÃO (Hebraico: ATZILUT)

O termo emanação (atsilut), o vir-a-ser do universo, reporta-se ao processo através do qual o UM absoluto e transcendente estende-se e cria a multiplicidade. Esse conceito é um princípio básico das concepções neo-platônicas, de PLOTINO, e de seus discípulos.

Cabalistas da Idade Média (séc. X a XIII) foram influenciados por esse modo de pensar e descreveram a expansão das sefírotes em torno de um D’us oculto como um processo de emanação. Segundo a teoria de Plotino, a sequência da emanação começa com o UM, fonte de toda existência, e se espande a partir Dele-mesmo e cria todos os outros degraus de existência. Segundo essa teoria, o fenômeno da emanação é natural e inevitável. Essa concepção se opõe à da criação do universo baseado na vontade de D’us, própria do monoteísmo radical.

A Kabbalah preferiu a idéia de emanação à crença do creatio ex nihilo, mas não como um processo no tempo, e sim como análise estrutural da realidade.

No século X, Isaac Israeli foi o primeiro filósofo judeu a descrever o fenômeno da creatio ex nihilo como fenômeno da emanação, ela mesma.
Esse conceito desempenhou um papel fundamental na literatura Kabbalística. 

Cabalistas assinalaram, então, que o fato da ocorrência da emanação não produzia nenhuma perda àquele que a emanava. A imagem recorrente na literatura é de uma chama que vindo de outra não prejudica aquela primeira.
Surge então a polêmica a saber se o fenômeno de emanação se dá no mundo divino, ou se ele se propaga, também, ao exterior do mundo divino.

Acompanhe, através do nosso blog, a maneira de pensar da KABBALAH.

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