DEUS E O COMPASSO. Nesta pintura de William Blake, Deus utiliza um compasso para tornar real o desenho criativo.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Agradecimento

A família do professor Ozâmpin agradece todas as manifestações de pesar recebidas por alunos e amigos.
A família comunica que em julho, em data a ser marcada e informada aqui no blog, estará em Florianópolis para jogar as cinzas do professor no mar, conforme era o desejo dele. 

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Comunicado Missa de 7º dia do professor Ozâmpin

Local: Colégio Nossa Senhora de Sion - Solitude

Endereço: R. Petronio Romero de Souza, 930 - Cajuru
Fica na BR 277 - Curitiba/Paranaguá - Em frente a Sanepar

Horário: 11:00

Telefones p/ contato: 41-30691710 ou 41-88692442

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Nota de falecimento do Autor do blog - professor Ozâmpin Olafajé

É com muito pesar que o neto do professor Ozâmpin informa que o mesmo veio a falecer nessa madrugada. 
Sabemos que a sua paz de espírito e plena sabedoria o fez traçar um belo caminho em nossas vidas, e, nesse momento, é chegada a hora de seu descanso eterno.

Que sua luz brilhe no céu e que ele possa olhar por nós a cada dia de nossas vidas.

Obrigado a todos pelo carinho e amizade!!!

"Paz Plena"
(Ozampin Olafajé)

Velório: Capela do Vaticano - Curitiba Paraná - 11h - Capela Rubi
http://www.crematoriovaticano.com.br/

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Helvécio de Resende Urbano Junior


Em mãos três livros de Ali A’l Khan. S. I, cognome de Helvécio de Resende Urbano Junior, 33º (da maçonaria), trazidos pelo meu amigo Fernandes Portugal, emérito estudioso de religiões, especialmente do culto afro-brasileiro.
O livro intitulado Manual Mágico de Kabbala Prática é um dos mais completos escritos em português de autor brasileiro, que tive a oportunidade de ler. Quem quiser ter noção de Kabbala Teúrguica não pode deixar de lê-lo.
O mundo é pequeno e redondo acabo descobrindo que o autor é meu parente, mas, não por isso a indicação. O livro vale por seu conteúdo doutrinário e pelo conjunto de informações que traz à tona. É um resumo de toda doutrina teúrgica da kabbala. Indico-o com satisfação para aqueles que estão tentando entender o que é a magia para kabbala.
Aos maçons indico do mesmo autor, outros dois títulos: Maçonaria: simbologia e Kabbala (URBANO JUNIOR, Hevélcio de resende. Maçonaria: simbologia e kabbala. São Paulo: Madras, 2010.); Templo maçônico: dentro da tradição kabbalística (URBANO JUNIOR, Hevélcio de resende. Templo maçônico: dentro da tradição Kabbalística. São Paulo: Madras, 2012.). Nestes dois livros o autor mostra a ligação íntima profunda e radical da maçonaria com a kabbala; a não deixar mais dúvida a quem faz a exegese da maçonaria.
Como o propósito desta coluna é de informar para formar e de divulgar para esclarecer, vamos reproduzir para aqueles curiosos que não tiverem a oportunidade de encontrar o livro Manual mágico de kabbala prática. A que se presta este livro e a nota sobre o autor, contida nesta obra.
Notas sobre o autor: (p.495).
“O valor do conhecimento é colocado à prova por seu poder de purificar e enobrecera vida do estudante ansioso por adquirir o conhecimento e, depois, empregá-lo na evolução de seu caráter e no auxílio à humanidade. Helvécio Urbano Resende Júnior, conhecido entre os Iniciados nasceu em Entre Rios de Minas, em 1956, e muito cedo se voltou para as arguições filosóficas do porquê da vida, como uma necessidade pungente que assolava sua Alma ansiosa para descobrir a razão lógica de sua existência e a de seus semelhantes.
De origem tradicionalmente maçônica iniciada por seu bisavô paterno, buscou sinceramente as respostas que arguiam constantemente seu intelecto nos vários redutos espiritualistas, aprendendo e ensinando, plantando e colhendo, servindo e sendo servido na selva da experiência humana. Quando chegou a perceber que a necessidade de se ajustar às regras superiores da Vida era o único caminho para conquistar a clara Luz da Inteligência Iluminada, que lhe permitiria obter as respostas que tanto buscava para justificar sua jornada humana fez-se então Iniciado em várias Ordens identificadas com os Mistérios Antigos, tais como a Maçonaria, o Martinismo, Rosacrucianismo, o Druismo e a O.T.O, sempre conquistando patentes em seus graus mais elevados nessas agremiações espiritualistas e recebendo, como corolário, a conquista da chave do conhecimento secreto que lhe abriu as portas dos Reinos internos onde repousa a Verdade Final. Toda a sua trajetória nos últimos trinta anos foi dedicada a esse afã, tendo, por meio da Kabbala, sempre buscado com muita sinceridade a visão de seu Sagrado Anjo Guardião."
Vale ressaltar também o quarto de capa do livro em questão:
“Em meio à abundante literatura dedicada à história do pensamento kabbalista, numerosas são as obras tratando da teoria da Numerologia, da Angelologia Pantacular, dos Gênios kabbalísticos, dos Quadrados Mágicos, etc. Nenhuma, entretanto, tão ampla e profunda quanto o manual escrito pelo Ir. Euclydes Lacerda Almeida M. M. 18º - GOB, Frater T. 2º = 9.A.A.
“O Manual e mágico de kabbala prática é provavelmente o melhor livro de magia que li em vários anos. Ali A´L Khan nos oferece um resumo dos principais ensinamentos de Magia Tradicional balizando o caminho dos magistas com conclusões lógicas e modernas. Ele deixa o leitor escolher a sua opção, porém sua lógica é persuasiva e convincente.” Ir. Porfírio José Rodrigues Serra de Castro – M. I. 33º, Vem. M. da ARLS JK – 105 GLMERJ.
- “É nosso dever entender a kabbala de maneira inteligente, não somente como uma questão de fé. Devemos ter o consentimento do nosso próprio raciocínio. Este livro trata da Kabbala Prática em seu conjunto - filosofia, ética e prática – e procura simplificar os conceitos, sem levar este complexo tratado por labirintos de idéias perdidas” – Ir. Jairo Sebastião Barboza M. I. 33º Past Master da ARLS JK- 105 GLMERJ.
Oxalá consigamos mostrar o propósito do autor e da obra que devem ser respeitados. Não como um ato de proselitismo gratuito, mas, como uma necessidade de colocar a Kabbala dentro do seu devido lugar no esoterismo ocidental.

PAZ PLENA.
OZAMPIN.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Informação estado de saúde do professor Ozâmpin

Informamos que nosso querido professor Ozâmpin encontra-se internado na UTI do Hospital Santa Cruz, Curitiba/PR, desde 25.01.2013, cujo quadro permanece estável.

domingo, 27 de janeiro de 2013

“Crescei e multiplicai-vos”


Nas Escrituras o “Crescei” vem antes do “multiplicai-vos”, sendo assim, devemos crer que há uma razão de ordem superior e não se trata apenas de semântica. Crescer na linguagem esotérica equivale a acessar e alcançar níveis superiores de consciência. Em tomando a Árvore Sefirótica como referência diagramática, crescer é sair do eu – inferior para o Eu – Superior. Graficamente é sair do trapézio inferior para o hexágono superior, que revela uma conquista e superação de estágios por caminhos indicativos de evolução criteriosos de processos espirituais da Devecut que é a interação com a Vontade Divina. Por outro lado a verbalização do pensamento da Divindade (Hochmah) que se dá em Binah é MANTRA e demonstra como se deu a realização de BERIAH (a Criação). Trata-se do Verbo Divino. Daí o mistério. Ora, o “crescei” não é senão a ordenação de Beriah. O “crescei” é qualitativo e o “multiplicai-vos” é apenas quantitativo e consequente. Se a intenção divina está explicita, basta-nos entendê-la. Para o “multiplicai-vos” em harmonia e beleza (Tiferet) é mister crescer. Se não o “multiplicai-vos” é em vão. Então, vejamos, o “crescei”: é caminho do amor, da consciência, da honestidade, representado pela letra tzade, justiça, e pela letra Chet que atravessa o abismo que separa o mundo Divino do mundo criado. O “crescei” é a intenção e o “multiplicai-vos” é a manifestação da Vontade. O “crescei” é como se prepara o “multiplicai-vos”. O “crescei” é Caridade, a Bondade, a Solidariedade, o AMAI a Deus acima de Tudo e ao próximo como a vós mesmos. O “multiplicai-vos” será sempre possível e harmônico tanto como o “Crescei” seja cumprido com rigor e obediência. Quem sabe se o descumprimento do “Crescei” não tenha sido a causa de tanto sofrimento no “Multiplicai-vos”, daí porque a multiplicação continua dolorosa e seja até uma provação que a humanidade tem de passar por ela para aprender... Aprender, de verdade a amar a Deus acima de tudo e ao seu semelhante como a si próprio. Em o fazendo faz-se a vivência do amor. Amar a Deus, amor entre os homens, amor à Natureza. O Caminho do Amor será fácil se deixarmos de lado o egoísmo, a vaidade, o desejo de só receber e praticarmos a doação e a entrega, assim deverá ser, mas que assim seja para que se cumpra com o “crescei”. No “crescei” está a Intenção da Vontade. Esotericamente o “Crescei” revela não só a Sabedoria de Hochmah, antes o amor de Binah. O Caminho de Hochmah a Binah é revelado por Beth, sabedoria, comunhão, multiplicação e polaridade.
A Sabedoria é uma conquista e um desafio ao ser humano. O contrário de Sabedoria não é ignorância. É, antes, má vontade e imbecilidade, ou seja: é idiotice! A prática da devecut exige bondade, uma virtude que a humanidade tem de aprender a priorizar.

Paz Plena.
Ozâmpin.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Sobre os personagens bíblicos: um livro fascinante


Boa parte das pessoas que lêem as Sagradas Escrituras diz, entre entediadas ou decepcionadas, que nada aproveitaram e nem entenderam coisa alguma. Deve-se lhes dar o desconto, já que preferem assumir a sua ignorância a declarar seus preconceitos. Ignorância tem jeito. Mas, contra o preconceito não há cura que se conheça, sobretudo quando constitui a mola mestra desse inconsciente, irracional além de inusitado rancor. Mas, a cada um o que mais lhe apraz e a todos o que melhor lhes apetece. Assim seja! E paz a todos de boa vontade. Boa vontade (frisamos de novo)! Para quebrar a rigidez da narração das escrituras, não há como reler comentários e apreciações literárias a respeito delas. Outrossim, a boa ficção sobre seus vultos e a ocorrência de eventos chamativos pode constituir um processo elementar de aprendizagem bem salutar e próprio para remanejar alguns preconceitos... Assim ao glosar uma excelente obra aparecida no mercado livreiro sobre notória matriarca, Sarai, estamos cumprindo dever de esclarecer e de divulgar ensinamentos, através de meios menos catequéticos e didáticos, e, com vistas às qualidades meramente literárias daqueles que tratam de temas tidos como canônicos, e que nem sempre são convidativos, com prazer e alegria e, sem dúvida, com a habilidade e a maestria de virtudes e talentos literários apreciáveis quando não encantadores.
Dessarte, a vida romanceada (Sara. HALTER, Marek. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004. Coleção: “As heroínas da Bíblia”) da grande mãe, Sara da coleção: “As heroínas da Bíblia”, autoria de Marek Halter, escritor nascido em Varsóvia, na Polônia, em 1936 e se fixou em Paris mais tarde, indo trabalhar num Kibutz em Israel, encaixa-se perfeitamente em uma ficção sobre personagens históricos, fácil de ler e profundamente emocionante que tanto dignifica o autor quanto à sua personagem. Com tal desenvoltura trata Marek Halter desse vulto bíblico, que se lhe pode imputar certa identificação não só sentimental, mas, sobretudo mística com ela. Há trechos de impressionante ligação entre o autor e os sentimentos descritos, a ponto de se dizer, que só mesmo o fruto de uma cultura tão identificada com a Bíblia seria capaz de tanta compreensão e participação. Um livro vale tanto pela limpidez de seu texto, quanto pela felicidade na abordagem do tema. Sem pieguismo, e sem excesso de reverência, soube o autor encarnar o drama de uma mulher sofrida, e o fez sem beatices e outras fraquezas, quando o seu texto ganha, então, dignidade e reverência, firmeza e propósito de quem não só lê ou escreve sobre uma das mais dignas heroínas daqueles dias imemoriais, mas de quem é bafejado pela fé a qual ela mesma evidenciou no seu drama. Dizem os kabalistas que, quando Deus quer abandonar uma criatura, toma-lhe o sentimento de fé. É deveras um fato! Pois sem fé, a vida é um deserto em céu aberto.
A heroína em apreço é a própria fé, translúcida, inefável, absolutamente, límpida e majestática. Mas, sofrida e vívida, pois toda fé é fogo ardente que queima, e destrói, consome e prepara o ser para a Eternidade. No entanto, notável é como o autor sem a pretensão de definir o que lhe parece ser a fé, consegue auscultá-la, senti-la e descrevê-la de modo tão perfeito e peremptório. Só mesmo quem possa ter sido criado em pleno convívio de fé, filho que é de família de judeus a todo o momento testado em suas mais entranhadas convicções e de permanente convivência com as escrituras, só mesmo através deste aprendizado seria capaz de recriar em ficção um personagem de tanta firmeza e beleza, capaz de nos levar a transes emocionais tão intensos.
Não deixem de ler, pois não é toda hora que se consegue experenciar com tamanha realidade os sofrimentos que formaram a espiritualidade dessas criaturas bafejadas pelo amor do Criador, “Kadosh Baruck Hu” (Louvado seja!).
IHVH, o deus de Abraão, senhor das almas, as quais ELE jamais abandona, mas que com elas convive, em as ensinado e com elas também aprendendo, pois, como demonstra a KBL, ELE precisa delas, tanto quanto elas DELE! Essa interatividade e ressonância se dão por amor. O amor exige cumplicidade. Sem o quê não há fé nem afeto. A grandeza do misticismo hebraico, ao contrário de outros mitos, é que não traz a divindade ao nível do homem, mas, este ao nível da divindade. Há de o ser humano fazer a semelhança com a imagem da qual foi feito, e só assim realizará a obra para a qual foi destinado. Assim seja!

Paz Plena.

Ozampin – dez. 2012.