DEUS E O COMPASSO. Nesta pintura de William Blake, Deus utiliza um compasso para tornar real o desenho criativo.

domingo, 2 de outubro de 2011

LUMINOSIDADES

HASSIDISMO

Um movimento renovador e popular dentro do judaísmo, bastante contestado no seu início, teve sua origem na Polônia, no séc. XVIII com Israel ben Eliezer, Baal Shem Tov, geralmente conhecido sob o acrônimo de BECHT.

Um rio que saía do Éden banhando o jardim e de lá se dividia para formar quatro cabeças. (GEN. 2.10).  

Este versículo do Gênese bem que descreveria o desenvolvimento próprio do hassidismo, assim, o Éden representaria o BECHT; o rio, o Maggid de MEZERITCH; o jardim, E’LIMELEKH DE LYZHANSK, e, as quatro cabeças seriam MENACHEM MENDEL DE RYMANOV, ISRAEL DE ZOZIENICH, MEIR D’APTA, e JACOR ISAAC, o profeta de Lublin.

O chassidismo é menos uma tendência filosófica inteiramente inédita no judaísmo que um modo de relevar certas idéias já assinaladas no texto bíblico, na literatura talmúdica e, sobretudo, no ZOHAR e na KABBALAH, esta que teve nesse movimento uma intensa florescência. Deveras, o movimento evidenciava um surto de misticismo popular contra a esterilidade do intelectualismo de dentro do pensamento rabínico. O movimento promoveria no meio religioso a alegria (simchah) e o entusiasmo nas orações.

A devekut (ligação com D’us) que significaria que D’us está constantemente presente no pensamento do indivíduo qualquer que fosse a ação que ele praticara; para o hassidismo essa noção de devekut, como imanência de D’us no mundo, que no dizer do ZOHAR se afirma pelo que “não há nenhum lugar que está sem Ele”. Mesmo que alguns o interpretassem como mero panteísmo (tudo é D’us), seria melhor tomá-lo com “panenteísmo”. (D’us está em tudo).

A história do hassidismo revela um grande surto literário, com forte expansão de contos e estórias de espantosa faculdade imaginativa. Quando muitos hassidins cautelosamente mantinham suas reservas, de pé atrás, quanto a esses relatos miraculosos e os observavam com certo ceticismo, outros se empolgavam. Daí surgir um provérbio hassídico muito celebrado: - Quem acredita em todas essas histórias não passa de um tolo, mas quem não consegue acreditar nelas não é senão um herético.

Paz Plena.

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