DEUS E O COMPASSO. Nesta pintura de William Blake, Deus utiliza um compasso para tornar real o desenho criativo.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

LUMINOSIDADES

Eis o testamento de um mestre da Kabbalah e do Hassidismo, BAAL SHEM TOV, louvada seja sua memória:

Sede sempre plenamente dedicados na realização de vossas obras espirituais.
Jamais consentis que esse esquecimento ocorra.

O mais importante é estudar diariamente, seja por muito ou breve tempo, as lições éticas, e de engajar-se pelo caminho da retidão, não se permitindo, um só momento que ocorra, sem a realização de uma boa ação, seja grande ou pequena, pois assim está escrito: “Aplique-se na observância de ações meritórias, pequenas ou grandes.”
A palavra em hebraico que designa aplicação remete-nos à noção de resplandecimento – tal qual no versículo do Livro de Daniel (12,3) “As intenções sábias resplandecerão”. Isso significa que a alma inflama-se e se ilumina desde que um mandamento, grave ou suave, seja observado pelo homem. Pois, D’us fala ao coração! (Excertos da obra “Testament Hassidique”, Ed. Bibliophane Daniel Radford, Paris, 2004)

Vejam como a ética é a sempre permanente preocupação da Kabbalah; ao contrário, depara-se-nos a toda hora, teorias de auto-ajuda que só exaltam atitudes comportamentais bem egoístas dos acólitos do sucesso imediato e a qualquer custo.

O mestre fundador do hassidismo, cuja palavra nos remete aos “piedosos”, Baal Shem Tov (1700-1760) sempre estribado nas mais fidedignas fontes da Tradição, e, dirigindo-se à humanidade de cada homem, preocupa-se a encurtar as distâncias que separam a alma humana (Neshamah) de nossas ações diuturnas; do pensamento interior da realidade exterior, indicando-nos observância dos mandamentos, pois, não há espiritualidade sem ética, e não há ética sem a vontade de adesão ao Eterno, louvado seja!

Isso é KABBALAH!

Nenhum comentário:

Postar um comentário