DEUS E O COMPASSO. Nesta pintura de William Blake, Deus utiliza um compasso para tornar real o desenho criativo.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

DE NOVO UM VELHO TEMA: A CATASTROFEMANIA DOS PEQUENOS PROFETAS


“Somos o que pensamos”. (Buda)

Ideologias, teorias e/ou várias concepções de vida e mesmo modismos intelectuais tanto como escolas de pensamento, não são, senão meros esforços de privilegiadas inteligências em sistematizarem e explicarem modos do pensamento vigente em cada época.
O esoterismo com “s” é sob este aspecto apenas uma abordagem sobre os fundamentos daquilo que é mais oculto, portanto, menos transparente, embora altamente relevante. No entanto, é bom distinguir o que vem a ser concepção esotérica de profecias de alguns esoteristas que se acreditam profetas. Ora, o esoterismo é coisa séria, mais, nem todos que se dizem esoteristas (ou erradamente esotéricos) o são. Alguns querem só aparecer. A receita para eles são as melancias que nas safras cobrem-lhes as cabeças. Cassandras dos desastres apocalípticos revelam através de suas amargas e horrendas hipóteses sobre catástrofes cósmicas o desejo malsão de inconscientes punições, já que se julgam merecedores de castigos que lhes poupou a misericórdia divina.
Cassandras, as melancias estão ai, poupemos os pobres do gênero humano de suas aleivosias. A vida é dádiva de Deus. Cabe-LHE doá-la ou não. Desastres acontecerão ou não sob SUA égide, apraza ou não aos medos e culpas de irrelevantes teorias. Embora astronomicamente saiba-se de que se processa um realinhamento de astros na Via Láctea, e como se acredita que os seres celestiais influenciam em nossos pensamentos, não se pode admitir que isto indique ou venha indicar catástrofes. Daí César o que é de César e a Deus o que é de Deus.
Para o desfile do próximo ano procurem novas melancias.
Realinhamento para a Kabbalah é tikun que é renascimento, vigência do novo sobre o velho, e não desastre, o que é positivo e não nefasto. Que venham todos os tikunes! Mas, sem o pessimismo e a má vontade desses profetas menores do mal. Que possamos comemorar em paz os festejos deste fim de ano.
Baal Shem Tov ensinava que a tristeza é uma ingratidão para com Deus. O que diria dessa mania de catástrofes que tomou corpo no esoterismo hodierno?
Verbalizar pensamentos nefastos para a humanidade é testemunhar o seu desamor pela vida. Um pouco de pudor de sua malevolência individual que não seja estendida a todos, que caia sobre cada um a responsabilidade de seus agouros, porque a vida é algo precioso, de que dispomos, e que a cada um cabe vivenciá-la do seu jeito ou não: os cassandras acordam de mau humor! Que pena! Nós outros pobres seres humanos louvamos a Deus. Mercê de SUA bondade amamos a vida e verbalizamos as coisas belas com que ela nos brinda. Dos céus admiramos a beleza dos astros, das noites estrelares de nossa fé, e de nossos amores.
Paz Plena!
Ozâmpin.

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