DEUS E O COMPASSO. Nesta pintura de William Blake, Deus utiliza um compasso para tornar real o desenho criativo.

sábado, 21 de abril de 2012

A Letra CHET (Respeito, Temor, ASSOMBRO)

Na excelente obra de Jean-Yves Leloup - Deserto Desertos; 2ª edição, Ed. Vozes, entre poemas lapidares e certas considerações notórias escolhemos sem pretensões de qualidades estéticas os seguintes poemas, a seguir, que nos remetem à letra Chet que é justamente tão assombrosa como o deserto, o que nos leva a crer que sem vivenciá-la no seu trajeto de Tiferet a Daat, através do abismo, nada seremos ou “torna-se areia ou se petrifica”. Mas vejamos todo o poema para melhor compreendê-lo na comparação com a letra referida: 
                                                        No deserto
O homem não é
Ele deve ser
Vir á ser sem cessar
Não há parada possível
De hoje em diante
Ele deve inventar-se a cada passo
Seu desejo o salva,
Se parar
Torna-se areia ou se petrifica.

O homem não é um ser
Um pode ser.


Em outro poema que diz: 

Feliz os nômades e os peregrinos
Mantidos em estado de pergunta todo dia
Aproximam-se de seu nome de origem: Adão: O QUÊ ?
Eco do nome sagrado
DAQUELE QUE É SEM ORIGEM: I.H.V.H.



O autor, um místico, que se apresenta como teólogo cristão é uma das mais brilhantes figuras da espiritualidade de nossos dias. Todavia como se pode ver, seu pensamento é genuinamente cabalístico. Oferecemo-lo aos leitores para que possam bem observar que a beleza da espiritualidade, como vibração tiferética, é de toda a humanidade e de todos os credos, conquista que se obtém na permanente busca do I.H.V.H., daquele que é sem origem.

Paz Plena,
Ozâmpin

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