É mística, é ética, é cosmovisão, é método (em grego methodos quer dizer caminho), é crença, é fé acima da razão. De que trata? – de Você, de suas relações com o Eterno, de sua compreensão do ambiente em que vive e do seu amor pelo próximo. E do amor Infinito, da Luz Infinita que é o Ein-Sof.
Assim, nos ensina o cabalista Nilton Bonder em sua obra O Sagrado:
...Num mundo que está enojado do inculto e busca o oculto, a armadilha maior é o segredo...
A Kabbalah é outra coisa. É algo que sussurra ao ouvido desagradáveis notícias ao nosso desejo, contrariando suas aspirações. Sua tônica não está em prevalecer, mas em aprender a servir. Seu encantamento e sua beleza se expressam não em sucesso, mas em alicerce (...)
A Kabbalah não produz magos (prestem atenção: cuidado com os falsos magos que se dizem senhores do conhecimento cabalístico!) gurus, celebridades ou reis de qualquer ordem. Ela concreta o que antes era desconexo, ela alenta com o fantástico, e crença e não a certeza. Ela expõe coincidência para promover a confiança e não a manipulação. Ela propõe o impossível como ferramenta para fomentar a fé e não a soberba. Ela oferece para quem não demanda, ela disponibiliza para quem restringe o seu desejo. (Excertos do livro O Sagrado, Rocco, RJ).
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