TIFERET, a “sephirah” da Beleza é o do SI MESMO...
“A alma precisa tanto do belo, quanto o corpo do ar.”
O esoterismo é antes de tudo uma ciência, cuja cátedra aparece na Sorbonne, no início do séc. XX, com o desenvolvimento da epistemologia. Nada tem a ver com esse movimento cultural dito esotérico muito mais para o ocultismo sombrio e mergulhado em pseudo-conhecimento mágico, com superstições de toda espécie, e, agora, por último, assombrado por alucinações escatológicas vindas de toda a parte, até dos Maias...
Já o verdadeiro esoterismo com a sua única e legítima preocupação de pesquisar as origens comuns do pensamento e da linguagem humanos liga-se à vida e não ao catastrafismo trevoso de mentes preocupadas com o castigo a que se julgam merecedoras de sofrerem...
A vida e a beleza que, como dádiva de D’us, nos agraciam, levam-nos às artes, como no caso, à poesia do poeta Omar Khayyam, poeta, místico e sábio, na interpretação, oito séculos após, pelo mestre Paramahansa Yogananda, a revelar os mais secretos desígnios da alma humana, no que nos ajuda a restaurar em nós o verdadeiro conceito de alma, predestinada aos gozosos momentos da Contemplação, em pleno êxtase; bem longe, bem diferente da destruição com que se deliciam uns em elocubraçoes sinistras plenas de culpas sub-reptícias de suas próprias danações.
Dizia o poeta (quadra 39 da obra RUBAIYAT):
Quanto tempo, quanto tempo, essa Busca infinita
Deste e Daquele empenho e disputa?
Melhor que te alegres com a Uva Frutífera
Que te entristeças com nenhuma, ou amarga Fruta.
Paramahansa Yogananda, autor da Autobiografia de um Iogue. |
Paráfrase do Mestre Yogananda:
Ah, alma vagante, para que desperdiçar encarnações lutando e competidno pela busca de desejos insaciáveis?
Por que não ser feliz simplesmente – divinamente feliz em ti mesma? Embriaga tua mente com o frutífero vinho do êxtase, que promove a salvação.
Que tolice passar a vida na tristeza de sonhar desfeitos; viver sem ambição; persistir na amargura meramente por que uma vez provaste dos frutos dos desejos terrenos, que induzem dor!
Que tolice renunciar à esperança de outras realizações!
Sentido Aprofundado (explica o Mestre):
De que adianta ires atrás incessantemente da gratificação efêmera dos sentidos? Procura Deus e a “Uva Frutífera” de êxtase divino.
Não é melhor, mesmo no sentido terreno, planejares tua vida sabiamente? Não é melhor que estabeleças uma estratégia para alcançar metas dignas que promovam a paz e satisfaçam a mente?
Para que perderes tempo com lamentações, apatia ou amargura? Será melhor seguires por uma estrada intermediária da mente plácida e do bom senso. O resultado final dos extremos emocionais é a derradeira insatisfação emocional. Talvez a felicidade não se encontre em nenhuma das extremidades de nossas experiências externas, mas num ponto de calma entre todas elas.
Eis aí, beleza e sabedoria. Amor e Luz.
Assim seja.
Ozam
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