“Somos
o que pensamos”. (Buda)
Ideologias,
teorias e/ou várias concepções de vida e mesmo modismos
intelectuais tanto como escolas de pensamento, não são, senão
meros esforços de privilegiadas inteligências em sistematizarem e
explicarem modos do pensamento vigente em cada época.
O
esoterismo com “s” é sob este aspecto apenas uma abordagem sobre
os fundamentos daquilo que é mais oculto, portanto, menos
transparente, embora altamente relevante. No entanto, é bom
distinguir o que vem a ser concepção esotérica de profecias de
alguns esoteristas que se acreditam profetas. Ora, o esoterismo é
coisa séria, mais, nem todos que se dizem esoteristas (ou
erradamente esotéricos) o são. Alguns querem só aparecer. A
receita para eles são as melancias que nas safras cobrem-lhes as
cabeças. Cassandras dos desastres apocalípticos revelam através de
suas amargas e horrendas hipóteses sobre catástrofes cósmicas o
desejo malsão de inconscientes punições, já que se julgam
merecedores de castigos que lhes poupou a misericórdia divina.
Cassandras,
as melancias estão ai, poupemos os pobres do gênero humano de suas
aleivosias. A vida é dádiva de Deus. Cabe-LHE doá-la ou não.
Desastres acontecerão ou não sob SUA égide, apraza ou não aos
medos e culpas de irrelevantes teorias. Embora astronomicamente
saiba-se de que se processa um realinhamento de astros na Via Láctea,
e como se acredita que os seres celestiais influenciam em nossos
pensamentos, não se pode admitir que isto indique ou venha indicar
catástrofes. Daí César o que é de César e a Deus o que é de
Deus.
Para
o desfile do próximo ano procurem novas melancias.
Realinhamento
para a Kabbalah é tikun que é renascimento, vigência do
novo sobre o velho, e não desastre, o que é positivo e não
nefasto. Que venham todos os tikunes! Mas, sem o pessimismo e
a má vontade desses profetas menores do mal. Que possamos comemorar
em paz os festejos deste fim de ano.
Baal
Shem Tov ensinava que a tristeza é uma ingratidão para com Deus. O
que diria dessa mania de catástrofes que tomou corpo no esoterismo
hodierno?
Verbalizar
pensamentos nefastos para a humanidade é testemunhar o seu desamor
pela vida. Um pouco de pudor de sua malevolência individual que não
seja estendida a todos, que caia sobre cada um a responsabilidade de
seus agouros, porque a vida é algo precioso, de que dispomos, e que
a cada um cabe vivenciá-la do seu jeito ou não: os cassandras
acordam de mau humor! Que pena! Nós outros pobres seres humanos
louvamos a Deus. Mercê de SUA bondade amamos a vida e verbalizamos
as coisas belas com que ela nos brinda. Dos céus admiramos a beleza
dos astros, das noites estrelares de nossa fé, e de nossos amores.
Paz
Plena!
Ozâmpin.
Nenhum comentário:
Postar um comentário