“As
folhas mortas são como as Árvores retribuem ao vento que passa; na
Natureza tudo é compartilhado”.
A
Natureza ambiental tanto quanto a nossa, a nossa fisicalidade, é
como faz a Providência Divina em nos protegendo, para que assim
sejamos pacientes com as ocorrências de fraquezas que se nos
acontecem com as idades avançadas. A paciência é uma virtude que
temos de desenvolver, pois é própria para suportarmos o peso de
nossa ignorância... Se ocorrerem antes enfermidades peculiares à
idade – mercê do desgaste do material, convém que compreendamos
tratar-se, ainda, da mesma proteção. Como assim? Ora, tudo se dá
porque são preparações de como a psique (que é também
consciência) vai nos condicionando para a morte. Temos a pretensão
de querer ignorar a a morte. Quem ignora não sabe viver. Começamos
a morrer desde o nascimento. A vida em si é um aprendizado e uma
oportunidade para a alma; então a fraqueza e as doenças típicas
que se dão com o cansaço do físico e a perda da vitalidade, são
apenas preparação para que a consciência não sofra com a grande
mutação de dimensão que ela vai experimentar na passagem.
A perda
do corpo, o qual foi receptáculo para a alma, que é um estado da
consciência, é antecedida por essa experiência: o propósito é
poupá-la do choque maior que pode acontecer quando partir para outra
dimensão sem o corpo. Essa separação que é a entrada dalma na
dimensão da imortalidade sem o seu suporte físico quer a
providência (que) seja suave e sem traumas.
Portanto,
toda aflição que nos acomete com as doenças próprias da idade
são, tão só, favores da Providência, já que não se morre, mas,
se renasce, como se deu na encarnação, para uma nova Vida, sem a
materialidade, desta feita. A preparação é, portanto, benefício e
generosidade. É mister saber aceitar esta preparação com
paciência, gratidão e alegria por tanta generosidade; nem sempre
fazemos justiça a essa, experiência, mas, queiramos ou não, são
benesses.
A
Providência é plena de misericórdia que nem sempre podemos
entender ignorantes que somos!... Graças a tanta bondade
suportaremos a grande passagem sem que a alma sofra além de suas
potencialidades. A perda da vida física pode desse jeito não ser
trauma maior que supõe nossa inteligência linear.
Entrar na
imortalidade é dádiva, entrar felizes e agradecidos é humildade. O
destino é bem mais amplo que a encarnação, essa, apenas uma
oportunidade, que nos depara. Assim, viver com alegria é morrer
sorrindo...
Lembra-me
o meu avô, um homem de fé, que pedia a Nossa Senhora que lhe
permitisse partir dormindo para que não sofresse. E foi o que
aconteceu, felizmente para a sua alma. Louvada sede, Mãe
Amantíssima!
A alegria
vida afora é tão só agradecimento pela encarnação. Despedir-se
dessa com a mesma alegria do desfrute com que fomos brindados é
Sabedoria. Oxalá, nós e familiares saibamos agradecer. Oh!
Providência Divina, abençoada sede vós que nos amparastes!
PAZ
PLENA.
Ozampin